#Interlúdio: A teoria das elites
O maquiavelismo da nossa oligarquia é apenas a repetição dos vícios das oligarquias mundiais
O mundo está novamente em marcha, dizia Chesterton. O problema é que no sentido contrário.
Desmemoriados, já esquecemos as barbáries do século XX e até permitimos que jovenzinhos burgueses defendam o comunismo nas redes sociais capitalistas. A esquerda, que sempre tentou derrubar o establishment, hoje se tornou o próprio establishment; a direita que sempre defendeu a ordem e o status quo, hoje pretende, através da desordem, derrubar o sistema e junto com ele o status quo.
A política, enfim, tornou-se um espetáculo patológico em que a propaganda é sempre utilizada para incutir no público a ideia de uma crise constante, que obviamente deve ser combatida com a expansão do poder, seja do grupo político que reivindica uma mudança radical, ou daquele que pretende evitar radicalmente qualquer mudança. No final, ambos prometem um sistema perfeito em que trará a justiça aos injustiçados, felicidade aos infelizes e punição aos conjurados.


