#interludio: Fenomenologia de Gusttavo Lima
O cantor sertanejo é o sonho de todo assalariado pé-rapado que anda de ônibus.
Por Kovács
Mal começa 2025 e Gusttavo Lima, além de ser cantor de sertanejo universitário, nos ameaça com a sua possível candidatura à Presidência da República. É fácil ignorar a música, mas não a presença do moço no cenário político. Como se não nos bastassem problemas e políticos que já estão aí consolidados, surgem os ádvenas, que, no fim, só fazem aumentar o consumo de chá de camomila. De 2013 para cá, não tivemos um minuto de paz: Dilma, Temer, Bolsonaro, pandemia, STF, Lula, cacarecos que a maré nos devolve de quando em quando. Chegará o dia em que não haverá calmante que nos fará dormir.
Apesar do disparate óbvio, o fato de Lima vir com essa ideia levanta questões. Fora os tt no prenome, não sei se por desastre cartorial ou por sugestão de numerólogo, ele afirma que nos guiará com os seus “conhecimentos”. É importante que a ciência (qualquer uma), a imprensa ou o profissional mais apto, seja lixeiro ou veterinário, descubra, e depressa, o que são esses conhecimentos que Lima quer usar para nos governar, assim já podemos ir trabalhando no antídoto. É desnecessário aprofundar-se na biografia do possível candidato porque ela não importa: a questão é o que Lima representa.