*Por Leo Lama
Antes de tudo, é imprescindível trazer a este palco de letras a ideia de animação, a essência da arte que vamos expor aqui e, podemos dizer, de todas as artes, é a animação. Animar significa dar calor, dar vida a algo, encher de alma e de ânimo uma coisa, um objeto. O que é o ato artístico senão a tentativa de reproduzir esse sopro vital insuflado em nosso ser quando nascemos? A animação cênica, dizem os estudiosos, consiste em atribuir aos objetos inanimados características humanas que só poderemos lhes admitir por analogia. Nesse sentido, animar é dar a uma pessoa ou a uma coisa atributos que ela não possui.
Os registros oficiais das primeiras formas de animação remontam ao Paleolítico Superior da chamada Pré-História e ao Neolítico que, de acordo com pesquisas arqueológicas, é a época a qual pertencem uma série de artefatos e de representações pictóricas, que mostram claramente a predominância de práticas que procuravam realizar cerimônias e rituais através da utilização de objetos inertes.