#interludio: O Walmart Derrubará os Democratas
Esqueça a prosopopeia em torno do populismo de Donald Trump. É o varejo que está decidindo a eleição.
Por Jacques Meir
Vamos direto ao ponto. O que reduz drasticamente a chance de Kamala Harris vencer a eleição do próximo dia 06/11 na ainda maior, mais rica, poderosa e invejada potência do globo, é o custo de vida. Ou, de forma mais simples: o eleitor médio americano, seja ele branco, negro, latino, asiático, homem, mulher e mesmo simpatizantes e representantes do espectro diversificado de gêneros, deduziu que o custo de votar nos democratas é alto.
Escrevo este artigo de Las Vegas, a famosa Cidade do Jogo, no estado de Nevada. É a terceira cidade que visito por aqui no último mês. Estive também no Tennessee (Nashville) e em Orlando, na Flórida. Passei brevemente por Chicago e Dallas.
Claro que este fato isolado não me credencia a ser comentarista ou oráculo da eleição presidencial de um país tão complexo quantos Estados Unidos. É preciso compreender que, ao contrário do Brasil, as eleições americanas são incrivelmente complexas e são decididas dentro dos condados. Esse ponto, ao meu ver, é o principal determinante para compreender por que a democracia nos Estados Unidos ainda exibe um vigor notável a despeito de todo o palavrório diletante de mídias tradicionais, tanto internas (New York Times, Washington post, NBC, etc), quanto externas (Le Monde, El Pais, Guardian, Folha de São Paulo, Globo, BBC, etc), para quem a eleição de Donald Trump significa o apocalipse.