Ontem, a poucas horas da eleição de hoje na Venezuela, Maduro convocou os embaixadores no país para falar novamente em “banho de sangue” caso perca as eleições. Aproveitou esse ato de campanha disfarçado e criticou o presidente Milei e o ex-presidente Bolsonaro, chamando o último de “completo imperialista da direita brasileira”. Ainda sobre o político brasileiro, disse que, durante o seu governo, tentaram invadir a Venezuela pelo Brasil.
Ao criticar Bolsonaro diante de embaixadores, Maduro, ironicamente, repete o que o próprio Bolsonaro fez em 2022 ao depreciar o sistema eleitoral diante de outros diplomatas. A lógica é a mesma: montar um palco para desacreditar um possível resultado divergente nas urnas. Se Bolsonaro buscava algum apoio, na época, com países que viam o petismo com maus olhos, agora Maduro faz a mesma coisa para conseguir respaldo de governos que torceram o nariz para o bolsonarismo (como o próprio executivo atual do Brasil).