#jornalismodefiofó

Tem jornalista de Zap e tem jornalista de fiofó

Seja em governos de direita, centro ou esquerda, todos, sem exceção, têm seus assessores de imprensa disfarçados de “jornalistas profissionais”. Na rede do Musk, há um que sempre recebe uma quantidade considerável de curtidas e compartilhamentos, o tal do “Reporte Renato”, defensor ferrenho do SUS, da democracia, do jornalismo e do sistema.

O indivíduo propagou aos quatro cantos da internet que Madonna havia doado 10 milhões de reais para as vítimas da enchente no RS, algo que seria perfeito tanto para os fãs da cantora em decadência, quanto para os asseclas do governo federal que não aceitam críticas à péssima gestão e comunicação do desastre feita pela Secom.

Quando surgiu a "notícia”, os estagiários do NEIM ficaram com a pulga atrás da orelha, afinal, o link que o “Reporter Renato” compartilhou veio diretamente de uma página de fofoca chamada "Em Off”, hospedada no site do jornal “Correio Brasiliense”.

Para quem lembra do saudoso “TV Fama” e conhece o fofoqueiro Leo Dias, sabe que fofoca é fofoca; pode ser verdade, pode ser mentira. O que importa para esse mercado é a repercussão e os cliques. E não deu outra: a fofoca foi desmentida e o “Reporte Renato” se lascou, tendo que demostrar toda a sua arte na dissimulação para manter de pé a história dos 10 milhões da Madonna.

Se a carreira de Renato na mídia acabar, ele pode usar a sua exímia habilidade no jornalismo de fiofó para arrumar um emprego no agronegócio. A expansão da atividade agrária necessita sempre de produtores de esterco.