Quantos jornais deram o nome certo ao teatro venezuelano travestido de processo eleitoral?
Quando alguém dá o nome certo, a gente até desconfia. Fica pensando qual será a “intenção real”.
Poucos são os espaços em que a previsível fraude de Maduro foi chamada de fraude. Ainda que todas as evidências iluminem a mentira, muitos estavam e estão ainda agarrados às narrativas do PT.
O Conselho Nacional Eleitoral declara vitória de Maduro. O governo brasileiro aguarda mais informações. O governo está cauteloso. O governo cobra transparência. O governo não vai reconhecer a vitória de Maduro automaticamente. Celso Amorim aguarda as atas. O Brasil está em posição difícil (imaginem a Venezuela).
E a mais recente charlatanice, que deve ser rapidamente incorporada ao noticiário: vender a ditadura venezuelana como um governo de direita. Lula, como sempre, distraído e propenso a deslizes, ainda não percebeu que está lidando com um fascista, nazista. Afinal, só os governos de esquerda é que transbordam democracia. Valdo Cruz fez até um checklist, acompanhado de Aloysio Nunes, e determinou que Maduro é de direita desde o berço: conservador, contra aborto, contra casamento gay, militarista, aliado de evangélicos. É tão inacreditável que precisa ser visto duas vezes para comprovar que não se trata de uma alucinação:
Em meio a essa orquestra, o PT divulgou uma nota na qual elogiou o processo eleitoral pacífico e soberano da Venezuela.