#LeideGodwin
Quando uma crítica vira Nazismo
Lula ficou chateado com o Alemão
Vi um vídeo do jornalista Rodolfo Oliveira e também uma postagem do prefeito do RJ, Eduardo Paes, relacionando o chanceler alemão Friedrich Merz ao nazismo. Achei tão pesado que pensei: será que ele desceu do avião em Belém, cuspiu num tacacá, chutou uma cuia de açaí e declarou guerra ao Pará?
Mas não. Ele disse isso aqui, ó:
Ou seja: ele só descreveu algo que qualquer pessoa que esteve na COP30 (inclusive nós brasileiros) já tinha dito, só que com menos cuidado e zero medo de perder seguidor no Insta. A tradução imediata virou: “XENOFOBIA!”
É claro que ele podia ter sido mais diplomático. Ele faltou tanta sutileza que pareceu estar testando texto novo de stand-up. Mas falta de finesse não é xenofobia. Foi apenas uma crítica mal embalada à logística do evento.
Porque o “lugar onde estávamos” não era Belém, era a COP30: uma experiência logística tão caótica quanto a gaveta de cabos de um adolescente.
O chanceler não falou da maniçoba, do carimbó, do povo paraense ou do charme tropical. Ele falava de:
filas intermináveis;
transporte falho;
deslocamentos dignos de romaria;
locais saturados;
jornalista dormindo em hospedagem tão improvisada que parecia a Casa do BBB, só que sem piscina.
Mas parte da mídia acionou o modo “eu posso criticar, você não”. E aí começaram as interpretações livres: que a fala “cheirava ao passado alemão”, que era insulto histórico, que evocava o nazismo… porque no Brasil sempre chega o momento em que alguém perde o freio emocional e puxa Hitler do bolso.
Você fala “não gostei do pão de queijo” e aparece um iluminado: “Isso me lembra 1933…”
Isso tem até nome: Lei de Godwin. Conforme a discussão avança, a chance de surgir Hitler é 100%.
Então veio o Lula. E respondeu como se Merz tivesse gritado “Belém é um lixo!” no meio do Hangar da COP. Foi aquele cinismo estratégico clássico: aciona o populismo, finge não entender, joga para a plateia, fala de boteco, dança, culinária… e pronto, transforma crítica técnica em ofensa cultural.
Merz reclamou da estrutura e o Lula respondeu sobre o clima da festa. É como o cara dizer: “O banheiro tá entupido”, e o anfitrião rebater: “Mas você experimentou o pavê?”
Lula ofereceu maniçoba e o Merz recusou. Isso até pode ferir o orgulho gastronômico nacional. Mas xenofobia? Se recusar comida fosse xenofobia, eu fui MUITO xenofóbico com a minha mãe na infância.
O ponto é simples: o chanceler alemão criticou a organização da COP30.
Mas aqui preferiram transformar isso em xenofobia porque nada rende mais engajamento do que um gringo “ofendendo” o Brasil, mesmo quando ele claramente não ofendeu.
Sim, Merz tem seu histórico polêmico. Recentemente ele fez um discurso sobre imigração dizendo que existe “um problema na paisagem urbana” na Alemanha e que, para entendê-lo, bastaria “perguntar às suas filhas”. Ele lidera a ala mais conservadora da CDU, mais à direita que Merkel. Críticas existem e são legítimas.
Mas nesta ocasião, não houve ataque ao Pará. Houve ataque ao evento. E, honestamente, merecido. A COP30 estava mais para “Conferência das Oportunidades Perdidas” do que para encontro global de excelência operacional.
Todo mundo sabe: é sempre mais fácil gritar “xenofobia” do que admitir que a estrutura deixou a desejar.
Não foi xenofobia; foi incompetência logística. E isso só doeu porque é verdade.




O quadrilheiro já não tem mais crédito no mercado. Esse anão deixou de ser o "cara' faz tempo, o mundo já conhece a sua face populista, corrupta, bandida, e isso fere o seu ego enorme.
“Mas vc experimentou o pavê ?”
Sim. Exatamente por isso que preciso usar o banheiro. Que está entupido….
Talvez o Merz não tenha experimentado a maniçoba pelo mesmo motivo. Banheiros entupidos e estrutura ruim.
A imprensa que o acusa de xenofobia é incapaz de lembrar que Lula e o PT governam este país por 17 anos. E os Barbalhos mandam no Para desde sua fundação. E a população continua não ter esgoto em 80% das casas…. Eles acham que os alemães também estão acostumados a viver literalmente na merda.