A PUC/SP inaugurou um acervo bibliográfico de temáticas e autorias LGBTQIAP+. (O ponto final, por enquanto, não faz parte da sigla). No seu site, ela justifica o empreendimento:
O projeto das bibliotecas temáticas surge a partir de reivindicações dos estudantes e de reflexões realizadas no Grupo de Trabalho da Inclusão Social da PUC-SP, organizado pela Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias (…) Desde 2018, a ProCRC promove a interlocução com coletivos de estudantes, docentes e funcionários para discutir e atuar em temas de inclusão social, racial, de gênero e orientação sexual, assim como das deficiências e da saúde mental. Uma das demandas abordadas no grupo foi, justamente, a falta de obras de autores(as) negros(as), indígenas e Lgbtqiap+ na Biblioteca da PUC-SP.
À primeira vista, não vejo problemas em uma Universidade promover a "interlocução com coletivos de estudantes, docentes e funcionários" para discutir pautas identitárias. Mas, conhecendo bem o perfil ideológico desses coletivos, convenhamos que esse "discutir" está mais para "pautar agenda". Nunca vi um coletivo desses exigir bibliotecas para estudar a Ilíada. Vai ver esse tal de Homero era um misógino. Mas também era cego, portanto, um PCD.
Notem que as "demandas abordadas" para temas de inclusão social favorecem apenas o perfil das políticas identitárias. Bem católico, tudo isso.
Agora, não faço questão de elaborar um tratado para definir o que são as "políticas identitárias". Só precisamos saber de uma coisa: são tais políticas que promovem termos como "racismo algorítmico", "racismo ambiental", "pessoa que pariu" (isso mesmo, você não pode mais falar "mãe", segundo a pauta; o politicamente correto é "pessoa que te pariu" (PQP). O propósito de tais termos não é inclusão, mas engenharia social mediante a destruição da linguagem. O controle da linguagem é controle do pensamento.
Daqui a pouco, você afirmará, com o rabinho abanando, que 2 + 2 = 5. E que a matemática sempre foi uma forma de opressão histórica. Matéria escura? Racismo Cósmico. Corpo negro? Racismo quântico.
Então, meu problema com o projeto é o seguinte: será que a PUC, junto ao seu Grupo de Trabalho de Inclusão Social, estaria disposta a ouvir as demandas dos coletivos de estudantes católicos?
Mas tenho cá minhas dúvidas de que católicos frequentem a universidade da Igreja Católica. No meu tempo de PUC, o único coletivo que se dizia "católico" era o das "Católicas pelo Direito de Decidir", que é mais ou menos como veganos que frequentam churrascaria.
Ótimo voltar a ler os textos de Francisco Razzo... lia na falecida Gazeta do Povo..
Parabéns e obrigada, Francisco Razzo! Falou o que penso! 🙌
PQP (puta que pariu), essa sigla não vai parar de crescer?!?!?! Ainda bem que o ponto final não faz parte dela ..kkkk
Eu sou suspeita, porque apesar de surda, sou ouvinte não natural e não tenho a paciência necessária com gente surda...eu vou diminuindo as frases a cada "hã?" até dizer: não falei nada...kkkk
E além disso não suporto bandeiras e principalmente os porta-estandartes! E sim, concordo com cada palavra sua, seu texto é perfeito e, essa história do "politicamente correto" me irrita profundamente assim como essas "causas identitárias" o tal "pertencimento" me dá nojo!
Enfim, não entro e não faço parte de nada disso, já fui até banida de uma página onde ensinam LIBRAS (não preciso, mas gosto de aprender algo que possa ser útil), me disseram que "não tenho e nunca terei identidade", então, só me resta rir ou chorar! Prefiro rir dessa gentalha! kkkkk
Valeu, adorei tudo! 🙌