Há alguns dias, Arthur Lira afirmou, em entrevista para O Globo:
“Fui o federal mais votado da história de Alagoas, presidente da Câmara, ajudo muito meu estado, meus municípios.” [o grifo é nosso]
Toda essa ajuda, despertou dúvidas sobre o fato de que parte expressiva das emendas parlamentares, cujo destino ele decide, tenha sido direcionada para Alagoas. Ele explica:
“Os cargos e os momentos são desiguais. Alagoas tem uma bancada considerável. Só na Mesa Diretora tem dois líderes. É lógico que temos que aprimorar [...]. Talvez aqui os meus amigos não gostem, mas sou muito crítico e eu defendo emendas, mas eu não uso o Pix, porque acho que o Pix vai ter que ser aprimorado agora para ter o objeto. De onde nasceu a emenda Pix? Da burocracia do governo. A turma fez uma emenda de transferência direta (para a prefeitura). Podemos avançar? Podemos. Vamos fazer a emenda Pix com um objeto determinado.”
É, não explica muito bem. E o entrevistador, também, não continua o assunto.
O estado de Lira e os municípios de Lira foram favorecidos com 1/3 do valor disponível na Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional. Dos R$ 15,5 bilhões reservados no Orçamento das emendas, essa comissão possui R$ 1,1 bilhão. Destes, cerca de R$ 320 milhões foram só para Alagoas do Lira.