A Folha, o jornal que pensa, noticiou o seguinte:
A Quinta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) encerrou, nesta terça-feira (17), os processos da Operação Lava Jato contra o ex-ministro José Dirceu, após o ministro Gilmar Mendes ter anulado as condenações do petista em outubro.
A ficha corrida de José Dirceu está limpa. Ele já pode retornar à cena do crime política e se candidatar nas eleições.
Fim da história.
Mas nunca é demais recapitular.
Depois de passar por anões do orçamento, juiz lalau, sanguessugas, mensalão e petrolão, o Brasil chegou ao cume das técnicas de lavagem de dinheiro. Em 1999, o doleiro Alberto Youssef iniciava a sua carreira no escândalo da Comurb.
Segundo o MP – e uma coisa chamada imprensa, que ainda existia na época –, ele escamoteava o dinheiro desviado de obras públicas de Londrina, no Paraná. Foi onde conheceu José Janene (PP) e Paulo Bernardo (PT), que mais tarde viriam trabalhar juntos no escândalo do Mensalão. Antes, fizeram uma sociedade no caso do Banestado: Youssef foi condenado por criar um esquema de envio de remessas ilegais para o exterior.