#Livros: A parteira de Auschwitz
O livro é um romance que descreve bem a crueldade da vida dos judeus no gueto de Lodz, um dos mais importantes da Polônia, e das péssimas condições nos campos nazistas.
A parteira de Auschwitz (link da Amazon)
Anna Stuart
Editora Vestígio, 2025
304 páginas
O livro é baseado na história real da parteira polonesa cristã, Stanislawa Leszczynska, acusada de trabalhar para a resistência aos nazistas na cidade de Lodz e enviada para Auschwitz-Birkenau.
No famoso campo, ela é autorizada a realizar o parto das prisioneiras não judias. Raramente uma judia grávida escapava das câmaras de gás.
Estima-se que Stanislawa tenha salvado a vida de 3.000 bebês durante o período em que foi prisioneira em Auschwitz.
O livro é um romance que descreve bem a crueldade da vida dos judeus no gueto de Lodz, um dos mais importantes da Polônia, e das péssimas condições nos campos nazistas.
Dois erros me incomodaram no livro, que não poderia ter passado.
Quando a autora descreve que um casal de judeus se ajoelhava para rezar e pedir proteção para a família. Judeus não se ajoelham para rezar e nem oram com esse objetivo.
Em determinado momento do romance, um oficial nazista visita o “berçário” em busca de bebês para o projeto Lebensborn, o sequestro de crianças não alemãs, que tivessem traços arianos, loiras e de olhos azuis, para serem criadas por famílias alemãs, na busca de aumentar a população. No livro, bebês judeus também eram aceitos, bastavam ser loiros, o que é um erro histórico. Bebês judeus jamais eram aceitos pelos nazistas. Eram assassinados.
Se você ficou chocado com o projeto Lebensborn nazista, lembre-se que os russos sequestraram milhares de crianças ucranianos na atual guerra, com o mesmo objetivo.




Qualquer reconhecimento que Stanislawa Leszczynska tenha recebido nunca vai alcançar que ela fez.
Obrigada, Márcio!