#LorotasDeHaddad
No encontro do G20, ele só falou o que a elite da burocracia mundial gosta de ouvir
Ontem o Parque Ibirapuera reuniu algumas sub-celebridades do G20. O evento é uma espécie de carnaval fora de época da burocracia mundial – e uma preparação para o grande desfile alegórico dos chefes de Estado que ocorrerá em novembro.
Eu sempre fico comovido quando a elite da burocracia mundial se reúne para decidir o futuro dos pobres, num evento em que é servido canapés de salmão e drinks com clubsoda.
Os discursos se repetiram à exaustão. Todos estão de acordo que o problema do mundo é a desigualdade social. Mas ninguém sabe direito o que fazer para resolvê-lo. Por isso precisam se reunir. Entre um canapé e outro, as ideias vão fluindo.
Fernando Haddad apareceu no telão criticando os “superricos”. Terminou dizendo o que todo mundo queria ouvir: a única solução é taxar os bilionários.
Mas é um tanto constrangedor ele dizer essas coisas, quando a sua política econômica consiste em dar benefícios fiscais para os superricos, e taxar a compra em sites chineses dos super-pobres.
A gente sabe que tá faltando dinheiro para todo mundo. Mas a elite mundial, ao invés de cortar gastos e combater a corrução, prefere fazer esses encontros inócuos, caros e cheio de discursos abstratos.
Mas a realidade é sempre insensível. Enquanto um ministro do STF, sozinho, suspende as multas bilionárias das empreiteiras corruptas, mais de 70% das famílias brasileiras estão endividadas, e não têm o privilégio de recorrer à esposa de algum magistrado ilustre para suspender as dívidas.
No final, Haddad ainda falou de “um complexo sistema offshore para evasão tributária dos superricos”.
Curioso. Não foi exatamente “um complexo sistema de offshore” que os operadores do Petrolão usaram para pagar propina para os petistas?
Entre um canapé e outro, as ideias vão fluindo.
Ótimo texto sobre esse tipo de evento 👏.
Tem o saque-aniversário do FGTS, também, Diogo Chiuso...
A proposta é que o dinheiro do trabalhador que não rende nada na conta do FGTS, só seja resgatado por meio de empréstimo consignado com os jurinhos fofos de sempre.
Tudo para acabar com a desigualdade social...
O mais incrível, patológico mesmo, caso de estudo, é´que mesmo depois de tudo o que todos já sabemos, eles ainda se consideram em condições, ou mais que isso, se consideram superiores, a ponto de dar lições sobre honestidade, democracia e justiça.