O ex-presidente do PT, Rui Falcão, disse, durante uma entrevista para a Folha de São Paulo, que Lula é vítima de um golpe sem armas. E quem seriam os golpistas? Sobrou para o “capital”, o vilão incorpóreo e etéreo sempre presente nas fábulas petistas. Para Falcão, Lula deveria, inclusive, fazer um projeto de governo “civilizatório e anti-capitalista”.
Enquanto os devaneios sem pé nem cabeça do ex-presidente do PT ganham espaço na mídia, o Advogado da União, Jorge Messias (aquele mesmo, o “Bessias" do papel), disse que o governo não permitirá a "barbárie digital” nas redes sociais e completou: “o Brasil tem uma legislação muito rigorosa na proteção de crianças e adolescentes, na proteção de populações vulneráveis, na proteção de ambientes de negócios[…]”.
Todos aqueles que caminham pelas ruas de alguma cidade brasileira, desviando de pedintes menores de idade, conseguem notar o quão rigorosa é essa proteção de crianças e adolescentes. Já em relação à "proteção de ambientes de negócios" não precisamos tecer qualquer comentário. Afinal, como bem disse o Ministro Barroso, “há uma lenda de que o Brasil tem insegurança jurídica”. Ufa!
O fato é que todos nós nos sentimos seguros e agradecidos com o “Bessias” de olho na "barbárie digital”; só ficamos mesmo na dúvida é se alguém do governo está preocupado com a “barbárie real” do Brasil, onde 40 mil pessoas são assassinadas num único ano, o equivalente a 10% de todos os homicídios do planeta.
Como se tudo isso não bastasse, o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, justificou que o estouro do teto da meta da inflação foi fruto de diversos fatores, entre eles as mudanças climáticas (o vilão número dois dos esquerdistas, só perdendo, claro, para o “capital"). Curioso que nenhum dos fatores citados por Galípolo para o estouro da meta foi a farra da gastança pública.
O PT está morrendo junto com o governo de Lula. Eu sei disso, você sabe disso, até mesmo a imprensa sabe disso. As asneiras recentemente ditas por elementos ligados ao Partido dos Trabalhadores, dentro ou fora do Governo, indicam a obsolescência política em fase terminal de toda essa cambada. A logorréia dos últimos dias também é sintoma do desespero de quem sabe, mas se recusa a admitir que o pé na bunda definitivo está apenas a um ano de distância e já tem data marcada para acontecer: o primeiro domingo de outubro de 2026.
Completo a última frase com uma expressão em latim: AMÉM.
Saudades dos tempos em que trepanação de fato matava seus pacientes.