#LosHermanos
Uma coisa é ler as notícias sobre a Argentina; outra é ver o país com os próprios olhos
Cheguei de Buenos Aires.
Fui gravar um filme sobre vítimas do terrorismo islâmico.
Há 31 anos, um carro bomba destruiu o prédio da AMIA, uma ONG judaica, matou 85 pessoas e feriu mais de 250. Os culpados nunca foram oficialmente acusados. Menen e os peronistas não deixaram as investigações prosseguirem. Tudo indica que foi uma ação do Hezbollah financiada e apoiada pelo Irã.
O promotor Alberto Nisman tinha provas concretas e “foi suicidado” na véspera de apresentar seu caso na corte. Cristina Kirchner era a presidente na época. O mesmo Irã que Lula elogia no Brics. A mesma Cristina Kirchner presa por corrupção que Lula fez questão de abraçar.
Mas estou desviando do assunto.
Nossos jornais, que fazem assessoria de imprensa para a esquerda, publicam diariamente que Milei destruiu a Argentina. Pensei até se deveria viajar com alguns sanduíches, para não passar fome, e um guarda costas, para me proteger da violência que a imprensa diz que impera no país do Hermanos.
Surpresa!
Os bares e restaurantes estavam cheios até altas horas da noite.
O aeroporto e os voos lotados de turistas argentinos a caminho da Europa e outros destinos.
Rodei pelo centro de Buenos Aires e não vi nem um mendigo e nem um sem-teto dormindo nas calçadas. Não vi uma barraca em praças ou parques.
Ninguém pedindo esmolas ou assaltos nos faróis.
A cidade estava limpa, o asfalto sem buracos e os jardins cuidados.
Eu pensei que ia chegar numa cidade destruída e abandonada como São Paulo, num país em crise como o Brasil, com pobres nas ruas, sem-tetos acampando nas praças, com medo de sair a noite para não tomar um tiro.
Afinal, antes de viajar só lia que Milei tinha acabado com a Argentina.
Será que desci do avião em outro país?
Ou a imprensa é que viajou para outro país?
Tenho um termômetro aqui no Brasil para avaliar o sucesso de Milei: a cortina de silêncio sobre ele e sobre a economia argentina na mídia. Se ele estivesse fazendo as 'maravilhas' com o país que o nosso energúmeno faz aqui, se estivesse realmente afundando o país, só haveria manchetes sobre Milei. Como não há, só pode estar acertando. Além disso, também estive na Argentina há pouco, e vi o mesmo país que você, Marcio: otimismo, segurança, trabalho. Recomendo um texto do Niall Ferguson no The Free Press de ontem: https://www.thefp.com/p/bari-weiss-argentina-president-javier-milei?utm_source=substack&utm_medium=email
Márcio você é um orgulho para os assinantes do NEIM. Como documentarista que faz a história ser preservada com todas as letras e pontuações, importante a sua missão em prol da verdade.
Afinal das contas, no Brasil de hoje, a verdade é uma jóia preciosa.