Diogo Mainardi é o mais lacônico dos Oráculos.
A etimologia do adjetivo lacônico faz referência à Lacônia, localizada no Peloponeso. Sua capital é Esparta, cidade cuja história remete ao poder militar terrestre da Grécia Antiga. A cultura guerreira deu aos espartanos a fama de homens de poucas palavras. Minha história preferida sobre a Lacônia é a anedota contada por Plutarco.
Escreveu o historiador grego que Felipe da Macedônia certa vez mandou a seguinte mensagem aos espartanos: “Se alguma vez eu invadir Esparta, eu a destruirei para que nunca mais venha a se erguer novamente.” Os espartanos, por sua vez, responderam com uma única palavra: “Se…”
Sem se perder em verborragia, Diogo Mainardi faz suas profecias todos os dias aqui no NEIM - exceto hoje, quando foi obrigado a resolver problemas mais mundanos. Pouco importa se elas se materializem ou não. A verdadeira função do Oráculo nunca foi adivinhar o futuro, mas manter sua audiência cativa de maneira que cada um veja aquilo em que quer acreditar. Eu quero acreditar que Bolsonaro irá preso e que Lula está morto politicamente. Mainardi é Delfos e eu sou o Rei Creso, da Lídia.