Hoje Mainardi está mais uma vez ocupado com a revisão e a escrita do seu livro. Quando ele some, eu apareço. Sou como aqueles super-heróis irrelevantes que viram protagonistas em filmes baratos entre os lançamentos das superproduções do Batman e do Homem-Aranha. Os editores do NEIM me pediram para escrever alguns textos na ausência de Mainardi? Eu topo na hora. Não pelo dinheiro (que é pouco) nem pelo NEIM em si, muito menos pelo Mainardi. Faço pelo livro.
Está na hora de um novo livro do Mainardi. Faz quase vinte anos que li seus quatro romances e mais de uma década desde o lançamento de A Queda; é muito tempo. Ainda mais num deserto literário como o Brasil. Sim, eu sei que há bons autores nacionais atualmente. Só que a vida é muito curta e eu já passei dos quarenta. O tempo dedicado para leitura tem que ser bem aproveitado. Os livros não podem ser apenas bons, devem ser excelentes e a literatura de Mainardi é isso: pura excelência.
Alguém pode dizer que esse post é bajulação. Não é. Afinal, não conheço o autor, apenas sua obra e é por ela que nutro admiração. Inclusive, acho que Mainardi gasta muito do seu talento escrevendo sobre Lula e Bolsonaro (para nossa alegria diária, temos que confessar). Tenho certeza de que, por isso, os dois políticos devem detestar o Oráculo de Veneza. Não deveriam.