A jornalista Marilia Cesar construiu uma notável carreira na cobertura econômica. Trabalhou mais de 20 anos no “Valor Econômico”. Há alguns anos, foi defenestrada do diário do Grupo Globo em mais um desses passaralhos que ceifam jornadas de repórteres, editores e outros profissionais de mídia.
Em paralelo ao jornalismo diário, Marília Cesar escreveu quatro livros: um perfil biográfico de Marina Silva, publicado quando a eterna ministra do meio ambiente de Lula ousou alçar voos mais altos e ser presidente da República; um livro sobre violência contra mulheres em lares cristãos; e outro que aborda a relação dos cristãos com a homoafetividade; e um mais recente, que trata do abuso da fé.
O leitor do NEIM, que já cansou de dar a outra face aos desfeitos da mídia, já notou um padrão: num mundo de identidades diversas, Marilia Cesar também tem o seu distintivo: é cristã. E não qualquer cristã, mas uma que se incomoda com o que qualifica como preconceito do establishment em relação aos evangélicos.
Na Folha de S. Paulo de hoje, a jornalista manifesta seu incômodo com a repercussão da mídia e das mídias sociais em relação aos uniformes da Riachuelo para o Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris.
Ela se queixa especificamente do depoimento do estilista Ronaldo Fraga, que, em entrevista à coluna de Monica Bergamo, ironizou que o autor dos desenhos do uniforme do Brasil teria sido um estilista ligado à Damares Alves, aquela do meninos-vestem-azul-meninas-vestem-rosa.