#MercadoresDePalavras
A fabulosa história do aeroporto de Roma diz muito sobre o que é a imprensa
Alguém precisa contar essa história direito.
Ninguém foi indiciado pela PF. Mas ninguém ainda cobrou a imprensa pelo festival de barrigadas e falsas acusações.
As notinhas plantadas pelos jornalistas de WhatsApp traziam, toda semana, uma atualização do caso. A cobertura era sempre a favor de Alexandre de Moraes. Os jornalistas que deveriam apurar os fatos, prestaram vassalagem ao ministro.
A imprensa insistia em dizer que o vídeo, que ninguém tinha visto – e ainda ninguém viu – confirmava a versão de Alexandre de Moraes. E muita gente apoiou a busca e apreensão ilegal na casa da família Mantovani.
Era evidente que se o vídeo tivesse alguma importância, o STF já o teria vazado para ser exposto em rede nacional.
Como um absurdo leva a outro, alguns jornalistas passaram a dizer que não houve apenas um “entrevero” em Roma, mas o “impedimento, com grave ameaça, de um ministro exercer a sua função constitucional”.
Mas a família Mantovani teria impedido qual função constitucional? A do ministro adentrar a sala VIP do aeroporto?
Raciocínios ruins sempre levam a conclusões estúpidas. Passaram a falar em “atentado à democracia”.
E só uma pessoa poderia ser o porta-voz dessa teoria estapafúrdia. Reinaldo Azevedo. No seu juridiquês de padaria, dizia se tratar de um crime grave, previsto no Artigo 359, alínea L, do Código Penal: “Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”.
Quando Reinaldo defendia o PSDB, era pautado por juristas como Miguel Reale Jr., que lhe passava teses sofisticadas. Agora que é serviçal do PT, tem que se virar com pensamentos mambembes de sujeitos como Walfrido Warde.
Não é fácil a vida dos mercadores de palavras.
Sugestão de imagem: Gilmar sentado no trono dourado e Reinaldo com a escova sanitária preparado para a limpeza...
Mercador de palavras é uma definição boa demais..
O que esse senhor virou? De uns anos para cá, só lembro do conselho que o Diogo fez para ele no twitter. "Vai dar..."