Em mais um gesto de servilismo ideológico e inspiração autoritária, o presidente Lula anunciou, durante visita à China, que Xi Jinping enviará um representante ao Brasil para “conversar” sobre a regulamentação das redes sociais. O fato, já alarmante por si só, ganha contornos ainda mais inquietantes quando se considera o modelo que inspira tal “diálogo”: o regime chinês — o maior e mais eficiente aparato de censura digital do mundo contemporâneo.
Na China, todas as postagens em redes sociais são monitoradas em tempo real. A vigilância é constante, sistêmica e brutal. O Partido Comunista controla não apenas o que pode ou não ser dito, mas também recompensa ou pune cidadãos com base em seu “comportamento digital”. Trata-se de um sistema de crédito social que transforma dissidência em ostracismo e crítica em delito. Não se trata de exagero retórico, mas de realidade factual — documentada, denunciada e, curiosamente, admirada por setores da esquerda latino-americana.