Morte ao vivo
Ed Piskor morreu no dia 1º/4/2024, aos 41 anos de idade.
A sua morte foi precedida de uma campanha de difamação. No dia 24/3/2024, um domingo, a cartunista Molly Dwyer, de 21 anos, acusou Piskor de assediá-la em suas redes sociais durante a pandemia (quando ela tinha 17 anos de idade). No mesmo dia, outra cartunista, Molly Wright, acusou Piskor de pedir sexo oral em troca do contato com um editor que poderia ajudá-la em sua carreira.
Ainda no dia 24, Piskor desativou as suas redes sociais e tirou o Cartoon Kayfabe do ar. Já no dia seguinte, uma exibição sobre a arte de Piskor em uma galeria de Pittsburgh foi cancelada. A nota de cancelamento, que fala, eufemisticamente, em “postergado por tempo indefinido”, se fundamenta em “acusações de um indivíduo”. O canal WTAE, filiado à rede ABC, achou conveniente mandar uma repórter para a frente da casa dos pais de Piskor para entrevistá-los sobre as alegações de “má conduta sexual” de seu filho.
A reportagem, exibida no dia 26 sem que o endereço da casa da família ou do quadrinista fossem descaracterizados, diz que não foi possível entrar em contato nem com o artista, nem com a vítima do alegado assédio, mas que o pai de Piskor acredita na sua inocência. O trecho da reportagem que ilustra essa informação mostra o sr. Piskor se comportando de forma agressiva e surpreendida. No dia 29, Sexta-Feira Santa, Jim Rugg, amigo e colega de Piskor no Cartoon Kayfabe, anunciou o fim da parceria entre os dois quadrinistas.
O Comics Beat, conhecido site de jornalismo especializado em quadrinhos, noticiou que o quadrinista criou um perfil falso no Twitter para defender-se das acusações em terceira pessoa. Essa notícia, como diversas outras que surgiram contra o quadrinista ao longo da semana, se revelou falsa.