#naoeassinante: Nojo da Lava Jato
Como os maiores heróis da operação que poderia ter mudado o Brasil apoiaram a sua própria aniquilação
O texto de hoje é a continuação de uma nova editoria no Não É Imprensa. Chama-se “Não É Assinante” e consiste em escolher, de forma criteriosa, artigos escritos por nossos leitores (apenas os assinantes pagos) e que tenham pautas relevantes. Quem quiser enviar sugestões, favor remetê-las ao e-mail leitor@naoeimprensa.com.br.
Por Antonio Guerrero
Quando Diogo Mainardi escreve sobre a Lava Jato, o tom é um acorde menor, desolado. Há um banzo nas palavras. Compreensível: é o banzo da oportunidade perdida, do vislumbre de um Brasil civilizado, ocidental (leitor, não somos ocidentais nem orientais, mas exóticos como as Filipinas). Compreendo, mas não compartilho. O meu sentimento é outro, fisiológico: quando ouço “Lava Jato”, meu estômago planta bananeira.
Não, não me refiro aos consagrados “erros” e “abusos”, nem às mensagens do Intercept, pretextos dos penitentes que, hoje, imploram o perdão dos corruptos que desfilam o seu triunfo por Brasília. Não. A fonte do meu sentimento fisiológico é distinta, um percurso de dois passos: 1) Bolsonaro aniquilou a Lava Jato; 2) Sérgio Moro e Deltan Dallagnol apoiam Bolsonaro, o aniquilador da Lava Jato.