Junto com seus generais com incontinência urinária, Bolsonaro tentou um golpe de Estado. Isto é um fato.
As provas são abundantes. Eles trocaram mensagens no WhatsApp, imprimiram a minuta do golpe na impressora do Palácio do Planalto, tentaram coagir generais que não queriam aderir e até prometeram à militância que Lula não subiria a rampa.
Só faltou declaração formal com firma reconhecida em cartório.
Mas o sonho da “intervenção militar com Bolsonaro no poder” acabou com a fuga do ex-presidente para Miami.
A patetice do bolsonarismo é tamanha que ninguém tinha dúvida da sua condenação. Embora, no Brasil, os condenados nunca cumprem suas penas integralmente. Sempre tem um recurso, um embargo, um indulto.
Quem vai em cana são apenas pessoas como os patriotas que foram para Brasília, ludibriados com as lorotas que recebem no WhatsApp dos influencers bolsonaristas. Para eles nunca tem acordão, nunca tem anistia, muito menos recursos, embargos e indultos.
O “julgamento da trama golpista”, como a imprensa o apelidou, parecia fácil. Um caso cheio de provas, com unanimidade entre os ministros do STF, ainda contava com um ardente desejo dos políticos de se livrarem do mentecapto e seus filhos mentecaptozinhos.
Mas o Supremo Tribunal Federal é o lugar supremo do egocentrismo. Não temos juízes, mas presunçosos super-heróis que pretendem salvar a democracia, que já não é mais o poder que vem do povo, mas o poder que emana do alto do supremíssimo Olimpo das semi-divindades que adoram um holofote e uma câmera de TV apontada para eles.
Como tudo no Brasil vira jogo de cena, segundo a coluna da Malu Gaspar, no Globo, os ministríssimos coreografaram a sessão de ontem para “isolar Luiz Fux”, o ministro que ousou sair do script para fazer seu showzinho particular.
“Não é contra o Alexandre de Moraes, é contra a instituição”, garantiu o ministríssimo Cristiano Zanin, ex-advogado do Lula e genro de Roberto Teixeira, o compadre do ex-presidente ladrão.
Fux apenas ousou dar o único voto divergente. E, de tão divergente, tornou-se até inócuo no meio da supremíssima unanimidade.
Bolsonaro é velho, doente e meio retardado. Mas como tem bons advogados, certamente vai cumprir uma parcela ínfima da pena, como aconteceu em todos os julgamentos políticos desde, pelo menos, o mensalão.
Mas o voto de Fux constrangeu os supremíssimos supremos. E para a imprensa, é normal que agora ele seja tratado com “desprezo”.
O problema não é os supremíssimos coleguinhas não terem respostas para as suas críticas. Mas eles terem sempre respostas demais para justificar inquéritos ilegais, decisões monocráticas, bloqueios autoritários das redes sociais e, é claro, os legalismos obscenos com que anulam tranquilamente as condenações e as multas milionárias dos maiores corruptos da História do país.
Triste mas é exatamente isso
Mas democracia só melhora com mais democracia
2026 está aí
Trabalhemos para mudar isso
Analise corretíssima, e humor sutil. Adoro