O hobby do brasileiro é ficar pendurado no WhatsApp para enviar meme quando o time do amigo perde. Se ao invés disso fosse capaz de ler uma página de um livro, já ajudaria bastante..
O percentual de professores que não leem e não indicam livros a seus alunos é causa e sintoma desse desinteresse retumbante...
Como disse o próprio Diogo Mainardi há anos atrás...
"O hábito da leitura constitui o maior obstáculo para a ascensão social e o poder pessoal no Brasil. Não é um acaso que aqueles que vivem de livros — os escritores — se encontrem no patamar mais baixo de nossa escala social. Muito mais baixo que políticos, estrelas, sindicalistas, professores, religiosos ou jornalistas. Basta entrar no Congresso Nacional, num estúdio de TV, numa universidade, numa igreja ou numa redação de jornal para ver que todos os presentes têm verdadeira aversão por livros. Eles sabem que ler não ajuda a conquistar poder, dinheiro, respeitabilidade. Só atrapalha."
E professor com doutorado na Alemanha que bate palmas para Loola, condena Israel e diz, como Reinaldo Azevedo hoje, que Dilma teria sido vítima de um golpe?
Aristóteles, muito antes dos neurocientistas, já sabia que só estudo e leitura não adiantava...
"Está claro, portanto, que temos que declarar que o descontrolado “detém conhecimento” somente da mesma maneira que o detêm homens que estão adormecidos, enlouquecidos ou embriagados. O fato de utilizarem a linguagem [ou jargão] do conhecimento não constitui prova de que [efetivamente] o possuem. Pessoas nos estados indicados acima repetem proposições de geometria e versos de Empédocles; estudantes que simplesmente principiaram uma matéria de estudo enfileiram palavras e conceitos, mas não conhecem ainda o sentido deles, pois o conhecimento precisa se tornar parte da sua estrutura mental e isso leva tempo. Por conseguinte, somos obrigados a reconhecer que homens que não conseguem ter autocontrole falam do mesmo modo que atores que interpretam uma fala no palco." (ARISTÓTELES, Ética, liv. VII, 3, 1147a1)
Eu não comprei livro ano passado e não sou analfabeto. Tenho apenas o ensino médio, sei interpretar texto melhor que muitos com ensino superior e que "compram livros". Modéstia à parte, sempre tive destaque em redações durante minha fase de ensino fundamental e médio. Sei escrever melhor que muitos e percebo os erros que cometo rapidamente (n conserto por motivos de fodaseee). Conheço muita gente burra que tá sempre agarrada a um livro. Não importa quantos livros vc leu, escreveu ou comprou, Mainardi...Se vc pegar uma manchete com um recorte da sociedade (que ñ tem relação nenhuma com analfabetismo) e aplicar como uma regra ao todo, o analfabeto é vc.
Mas o desinteresse em tão alto nivel pela leitura é um sintoma social do analfabetismo funcional. Isso funciona em geral e não para as raras exceções. (Já li um texto seu e gostei muito, a propósito).
Tudo bem, eu disse que o dado nada tem a ver com analfabetismo, mas admito que pode ter uma pequena relação. Ainda assim, há um problema. E o problema é que houve uma transformação tecnológica que impactou e transformou a sociedade. A pesquisa é fria, uma foto; a sociedade é quente, está em movimento. Fui buscar a notícia sobre a pesquisa, e é de dezembro. A notícia do G1 não traz informação sobre se os números são referentes apenas a livros físicos ou se livros digitais estão incluídos. (esse dado poderia pegar uma mudança de comportamento, o que impactaria no resultado final)Essa pesquisa não dá base nenhuma para fazer a relação que o Mainardi fez. E ele, que compra livros, deveria perceber isso.A lógica de mercado mudou. Muitos youtubers/influencers lançam livros que se tornam best sellers e analfabetos compram. O mercado está saturado de porcarias. Se há bons escritores (e eu sei que há), esses não conseguem se adaptar a nova lógica de mercado, onde as pessoas compram o marketing/imagem que elas têm de pessoas e não qualidade.O clube do livro é chato. Tratam livros como deuses. Nunca vi um estudo que afirme que a leitura de livros pode diminuir o analfabetismo (é isso que o clube do livro faz parecer). Se há, quero saber qual o tipo e o impacto de cada tipo. E ainda se há uma vantagem em ler livros sobre fazer leituras frequentes de modo geral. E nem estou entrando profundamente nos tipos de analfabetismo, mas se a escola forma analfabetos que não conseguem entender textos simples, não me parece que, quando adulto, a pessoa vá comprar livros para ler e não entender. Embora ele tenha feito essa relação no texto, analfabetos compram livros. Analfabetismo impacta e distorce, mas não de forma direta e simplista como "não compra livros=analfabeto".Se ler livros ajudasse milagrosamente, seria um método de redução de analfabetismo pelo mundo afora. Me parece que o problema está na base e compromete todo o resto. Claro, talvez alguém pense: 'País tal tem alto índice de leitura e baixo índice de analfabetismo.' Eu diria: agora faça a relação com a educação de base e veja a mágica acontecer. E ainda assim precisaríamos de dados detalhados pra ver a proporção de leitura frequente de modo geral comparados a "leitura/venda de livros".O ponto é o seguinte, não comprar livros não é norma para analfabetismo. Pode refletir um sintoma que precisa ser mais detalhadamente investigado, pode até impactar. Mas a relação direta do analfabetismo é, a meu ver, a educação de base. Se isso pode aumentar a venda de livros no futuro, tendo em vista a mudança de hábitos, é muito questionável. As pessoas, inclusive muitas alfabetizadas, querem coisas fúteis. Um influencer escreve um livro sobre qualquer idiotice e venderá mais do que um romance de um escritor renomado no Brasil. O buraco é mais fundo na música, no cinema etc. Não seria diferente quando se trata de ler livros. Não é analfabetismo, talvez pobreza intelectual, ler talvez não esteja tão atrativo tendo em vista a concorrência com vídeos, redes sociais ou com a vontade que as pessoas têm de "fazer parte".
Entendo suas observações, mas quem acompanha o Mainardi sabe que ele não um entusiasta do racionalismo e intelectualismo. Pelo contrário... E a leitura é uma forma de vínculo que mudou a vida dele, como ele deixou claro no vídeo sobre Ivan Lessa. Culturalmente, é um índice muuito acima de outros países que passam tb pela queda de consumo de livros por esses motivos que vc cita.
A leitura pode ser um caminho para abrir portas e janelas e arejar os pensamentos insubstituível para muitas pessoas... Mas concordo plenamente que essa coisa de achar que por ter um livro na mão a pessoa milagrosamente se torna melhor é um desserviço... Além de ter muito livro ruim, mesmo os livros bons não servem para nada se o que está escrito não aderir à estrutura mental do sujeito que lê... Aristóteles concorda contigo, Nãoéleitor 😁
Agora, é preciso considerar que, geralmente, quem consegue ler e compreender textos e escrever bem passou por um bom processo de alfabetização. No entanto, de fato, uma pessoa pode ser alfabetizada e não se tornar um leitor, pode ser alfabetizada e não conseguir escrever com clareza, pode ser alfabetizada e não compreender um texto simples. São muitas variáveis. Aliás, no Brasil só 30% dos alunos que saem do ensino médio conseguem aprender o mínimo da língua portuguesa.
Ainda que a pesquisa seja de dezembro, os índices sobre leitura se repetem há bastante tempo, na mesma medida dos índices de alfabetização que desde 2002 ficam entre 10 e 12% de proficientes somente.
Vou prever o futuro, Laís... A venda de livros vai despencar nos próximos anos e a alfabetização vai aumentar. Espero que daqui a uns 10 anos estejamos aqui e eu lembrarei dessa previsão. Bom, 10 anos é muito, o site talvez não resista (ou eu), mas daqui a 2 anos já será possível captar os sinais. Leitura é importante, não é tão importante que ela venha de livros especificamente. Leio vários artigos sobre temas variados diariamente e já não consigo mais separar um tempo para ler livros específicos, mudança de hábitos, mas a leitura eu mantive. Sobre "Aristóteles concordar comigo" eu gostei... Agora ele pode ser considerado um cara inteligente 😂😂
kkkk... a alfabetização aumenta mesmo.. o analfabetismo funcional é que não diminui e nem o letramento amplia.
Leia livros também, não importa a importância que você imagina que eles tenham, certamente você é um Não Leitor que se apropriaria de Aristóteles rapidamente kkkkk... São 25 séculos de inteligência 😎🖖
O leitor adquire o hábito desde pequeno,qdo a mãe ou o pai lê estórias,e qdo ganha livros de presente. Não podemos esquecer que o aprendizado ate os 7 anos se dá por imitação em grande parte. Uma minoria aprende de outra forma. Infelizmente.
Exatamente, Elba! Meu filho, por exemplo, é um devorador de livros, como eu! E fui eu que o alfabetizei! Começou a ler e escrever, porque insistiu muito, aos 4 anos! E não foi para a "pré escola" ( não sei se ainda é esse o nome🤣🤣🤣).
Adoro essa honestidade do Diogo. Nesse buraco tosco existem pessoas que se escondem dos livros atrás de mentiras como: eu não tenho dinheiro. Faltou o percentual da população que trocou de celular no ano passado para compararmos com aqueles que não compraram livros.
Na pandemia, estava no doutorado na Saúde Coletiva, mas, abria a boca para discordar de qualquer tema e levava um negacionista, antivacinista e bolsonarista. Quando obrigaram a vacinar, resolvi não obedecer o apito e desgarrar da boiada. Como é bom conversar livremente com os livros. Concordo, discordo, mudo de ideia e eles continuam lá para eu reler quantas vezes sentir necessidade. Eles não me chamam de fascista.
Triste constatação. Mais triste ainda ė saber que uma grande quantidade de dinheiro apostado nas bets e tigrinhos vem de auxílios pagos pelo o governo.
84% dos brasileiros não compraram um livro no ano passado. Podemos refletir que grande parte dessa porcentagem abrange a nossa elite. Não é novidade para ninguém, desnecessário dizer, que nossa elite é, deveras, intelectualmente indigente, em grande parte. O que se pode concluir que a baixa intelectualidade, trazida por essa notícia, é um dos fatores que explicam muito nosso atraso, uma vez que quando se tem iletrados que nos governam, o resultado, ceteris paribus, é desastroso. O que, talvez, pode explicar o baixo desvelo dos brasileiros pela intelectualidade é a vaidade da elite. Uma vez que a elite influencia o restante da população, percepções enfatuadas da elite sobre ela são transferidas para o resto da ralé analfabeta. Além de ideias esdrúxulas que são intelectualmente contraproducentes. Por exemplo, a elite tem a pachorra de achar que é "exemplo" democrático para os EUA; demais, a elite também esposa ideias e mentalidades tacanhas - muitos da elite consideram o funk uma "arte". Logo, ceteris paribus, sempre que uma elite de um país franqueia ideias canhestras e tem uma visão sumamente presunçosa de si mesma - o que degrada a razão, distorcendo a própria realidade de si - o resultado é miséria intelectual, antropológica e espiritual.
Victor, dos 84% da população uma MINORIA é a elite. Não acho que o problema constatado nesse número pesquisado atinja a elite mas atinge a maior parte da população( elite e clases médias e baixas) que se esconde por trás do argumento que não podem adquirir um produto tão caro, o livro. Claro que este argumento é uma lorota. Somos um povo que, culturalmente, odeia ler porque não vê um objetivo prático(possibilidade de ganhar dinheiro)nisso.
Não fui muito específico no que disse. De fato, sim, você está certo que a elite é minoria. Mas o que quis dizer - e é uma elocubração - é que, proprocionalmente, dos 84%, digamos que a abrangência da elite seja de 50% a 75% - e, de novo, números que são oriundos do instituto TDK (If you known what I mean). Se caso seja a metade disso que atinja a elite, já é algo que demonstra como nossa elite é abjeta (na realidade, todos nós sabemos), pois, no caso específico, a elite, diferente de um proletário, tem dinheiro para comprar infinitos livros e,sobretudo, o tempo de ócio, algo que um proletário tem menos ou de maneira escassa.
Anseio pelo dia em que a minha teimosia seja desnecessária, e o Diogo não tenha mais que se submeter a leituras de pseudojornalistas ou assistir a esses interpretando Madonna na Globo News.
O hobby do brasileiro é ficar pendurado no WhatsApp para enviar meme quando o time do amigo perde. Se ao invés disso fosse capaz de ler uma página de um livro, já ajudaria bastante..
O pior é que muitos desses 84% se acham especialistas habilitados para discutir qualquer assunto.
Com certeza e nem sabem pensar. O efeito Dunning-Kruger bem que poderia ter sido elaborado depois de uma visita por nossos cantos.
O percentual de professores que não leem e não indicam livros a seus alunos é causa e sintoma desse desinteresse retumbante...
Como disse o próprio Diogo Mainardi há anos atrás...
"O hábito da leitura constitui o maior obstáculo para a ascensão social e o poder pessoal no Brasil. Não é um acaso que aqueles que vivem de livros — os escritores — se encontrem no patamar mais baixo de nossa escala social. Muito mais baixo que políticos, estrelas, sindicalistas, professores, religiosos ou jornalistas. Basta entrar no Congresso Nacional, num estúdio de TV, numa universidade, numa igreja ou numa redação de jornal para ver que todos os presentes têm verdadeira aversão por livros. Eles sabem que ler não ajuda a conquistar poder, dinheiro, respeitabilidade. Só atrapalha."
E professor com doutorado na Alemanha que bate palmas para Loola, condena Israel e diz, como Reinaldo Azevedo hoje, que Dilma teria sido vítima de um golpe?
Se o fulano leu, não entendeu.
Aristóteles, muito antes dos neurocientistas, já sabia que só estudo e leitura não adiantava...
"Está claro, portanto, que temos que declarar que o descontrolado “detém conhecimento” somente da mesma maneira que o detêm homens que estão adormecidos, enlouquecidos ou embriagados. O fato de utilizarem a linguagem [ou jargão] do conhecimento não constitui prova de que [efetivamente] o possuem. Pessoas nos estados indicados acima repetem proposições de geometria e versos de Empédocles; estudantes que simplesmente principiaram uma matéria de estudo enfileiram palavras e conceitos, mas não conhecem ainda o sentido deles, pois o conhecimento precisa se tornar parte da sua estrutura mental e isso leva tempo. Por conseguinte, somos obrigados a reconhecer que homens que não conseguem ter autocontrole falam do mesmo modo que atores que interpretam uma fala no palco." (ARISTÓTELES, Ética, liv. VII, 3, 1147a1)
Pois é
Simples assim
Gente tosca, capaz de emitir apenas grunhidos rudimentares kkk . O Mainardi acordou inspirado como sempre!
Vc não leu o post abaixo?
Paulo Costa, perfeito. O Diogo continua muito amargo, petulante. Apesar da idade, ele parece que piora a cada dia.
Concordo totalmente , prezado Paulo.
Desse mal eu não morro, só continuo fazendo parte de minorias.....🤣🤣🤣
Eu gostaria de acreditar que esses 84% não compraram livros porque lêem na biblioteca, mas sei que não é verdade.
Eu não comprei livro ano passado e não sou analfabeto. Tenho apenas o ensino médio, sei interpretar texto melhor que muitos com ensino superior e que "compram livros". Modéstia à parte, sempre tive destaque em redações durante minha fase de ensino fundamental e médio. Sei escrever melhor que muitos e percebo os erros que cometo rapidamente (n conserto por motivos de fodaseee). Conheço muita gente burra que tá sempre agarrada a um livro. Não importa quantos livros vc leu, escreveu ou comprou, Mainardi...Se vc pegar uma manchete com um recorte da sociedade (que ñ tem relação nenhuma com analfabetismo) e aplicar como uma regra ao todo, o analfabeto é vc.
Eu concordo muito contigo.
Mas o desinteresse em tão alto nivel pela leitura é um sintoma social do analfabetismo funcional. Isso funciona em geral e não para as raras exceções. (Já li um texto seu e gostei muito, a propósito).
Tudo bem, eu disse que o dado nada tem a ver com analfabetismo, mas admito que pode ter uma pequena relação. Ainda assim, há um problema. E o problema é que houve uma transformação tecnológica que impactou e transformou a sociedade. A pesquisa é fria, uma foto; a sociedade é quente, está em movimento. Fui buscar a notícia sobre a pesquisa, e é de dezembro. A notícia do G1 não traz informação sobre se os números são referentes apenas a livros físicos ou se livros digitais estão incluídos. (esse dado poderia pegar uma mudança de comportamento, o que impactaria no resultado final)Essa pesquisa não dá base nenhuma para fazer a relação que o Mainardi fez. E ele, que compra livros, deveria perceber isso.A lógica de mercado mudou. Muitos youtubers/influencers lançam livros que se tornam best sellers e analfabetos compram. O mercado está saturado de porcarias. Se há bons escritores (e eu sei que há), esses não conseguem se adaptar a nova lógica de mercado, onde as pessoas compram o marketing/imagem que elas têm de pessoas e não qualidade.O clube do livro é chato. Tratam livros como deuses. Nunca vi um estudo que afirme que a leitura de livros pode diminuir o analfabetismo (é isso que o clube do livro faz parecer). Se há, quero saber qual o tipo e o impacto de cada tipo. E ainda se há uma vantagem em ler livros sobre fazer leituras frequentes de modo geral. E nem estou entrando profundamente nos tipos de analfabetismo, mas se a escola forma analfabetos que não conseguem entender textos simples, não me parece que, quando adulto, a pessoa vá comprar livros para ler e não entender. Embora ele tenha feito essa relação no texto, analfabetos compram livros. Analfabetismo impacta e distorce, mas não de forma direta e simplista como "não compra livros=analfabeto".Se ler livros ajudasse milagrosamente, seria um método de redução de analfabetismo pelo mundo afora. Me parece que o problema está na base e compromete todo o resto. Claro, talvez alguém pense: 'País tal tem alto índice de leitura e baixo índice de analfabetismo.' Eu diria: agora faça a relação com a educação de base e veja a mágica acontecer. E ainda assim precisaríamos de dados detalhados pra ver a proporção de leitura frequente de modo geral comparados a "leitura/venda de livros".O ponto é o seguinte, não comprar livros não é norma para analfabetismo. Pode refletir um sintoma que precisa ser mais detalhadamente investigado, pode até impactar. Mas a relação direta do analfabetismo é, a meu ver, a educação de base. Se isso pode aumentar a venda de livros no futuro, tendo em vista a mudança de hábitos, é muito questionável. As pessoas, inclusive muitas alfabetizadas, querem coisas fúteis. Um influencer escreve um livro sobre qualquer idiotice e venderá mais do que um romance de um escritor renomado no Brasil. O buraco é mais fundo na música, no cinema etc. Não seria diferente quando se trata de ler livros. Não é analfabetismo, talvez pobreza intelectual, ler talvez não esteja tão atrativo tendo em vista a concorrência com vídeos, redes sociais ou com a vontade que as pessoas têm de "fazer parte".
Entendo suas observações, mas quem acompanha o Mainardi sabe que ele não um entusiasta do racionalismo e intelectualismo. Pelo contrário... E a leitura é uma forma de vínculo que mudou a vida dele, como ele deixou claro no vídeo sobre Ivan Lessa. Culturalmente, é um índice muuito acima de outros países que passam tb pela queda de consumo de livros por esses motivos que vc cita.
A leitura pode ser um caminho para abrir portas e janelas e arejar os pensamentos insubstituível para muitas pessoas... Mas concordo plenamente que essa coisa de achar que por ter um livro na mão a pessoa milagrosamente se torna melhor é um desserviço... Além de ter muito livro ruim, mesmo os livros bons não servem para nada se o que está escrito não aderir à estrutura mental do sujeito que lê... Aristóteles concorda contigo, Nãoéleitor 😁
Agora, é preciso considerar que, geralmente, quem consegue ler e compreender textos e escrever bem passou por um bom processo de alfabetização. No entanto, de fato, uma pessoa pode ser alfabetizada e não se tornar um leitor, pode ser alfabetizada e não conseguir escrever com clareza, pode ser alfabetizada e não compreender um texto simples. São muitas variáveis. Aliás, no Brasil só 30% dos alunos que saem do ensino médio conseguem aprender o mínimo da língua portuguesa.
Ainda que a pesquisa seja de dezembro, os índices sobre leitura se repetem há bastante tempo, na mesma medida dos índices de alfabetização que desde 2002 ficam entre 10 e 12% de proficientes somente.
Vou prever o futuro, Laís... A venda de livros vai despencar nos próximos anos e a alfabetização vai aumentar. Espero que daqui a uns 10 anos estejamos aqui e eu lembrarei dessa previsão. Bom, 10 anos é muito, o site talvez não resista (ou eu), mas daqui a 2 anos já será possível captar os sinais. Leitura é importante, não é tão importante que ela venha de livros especificamente. Leio vários artigos sobre temas variados diariamente e já não consigo mais separar um tempo para ler livros específicos, mudança de hábitos, mas a leitura eu mantive. Sobre "Aristóteles concordar comigo" eu gostei... Agora ele pode ser considerado um cara inteligente 😂😂
kkkk... a alfabetização aumenta mesmo.. o analfabetismo funcional é que não diminui e nem o letramento amplia.
Leia livros também, não importa a importância que você imagina que eles tenham, certamente você é um Não Leitor que se apropriaria de Aristóteles rapidamente kkkkk... São 25 séculos de inteligência 😎🖖
https://www.naoeimprensa.com/p/naoelivro/comment/55174703?utm_source=share&utm_medium=android&r=358do3
Exatamente, Mainard Além de tudo é burro.
Acho que essa pesquisa não merece crédito. Esse percentual é bem maior.
Concordo
O Presidengue pede ao Ministro para ler menos…
O leitor adquire o hábito desde pequeno,qdo a mãe ou o pai lê estórias,e qdo ganha livros de presente. Não podemos esquecer que o aprendizado ate os 7 anos se dá por imitação em grande parte. Uma minoria aprende de outra forma. Infelizmente.
Exatamente, Elba! Meu filho, por exemplo, é um devorador de livros, como eu! E fui eu que o alfabetizei! Começou a ler e escrever, porque insistiu muito, aos 4 anos! E não foi para a "pré escola" ( não sei se ainda é esse o nome🤣🤣🤣).
Adoro essa honestidade do Diogo. Nesse buraco tosco existem pessoas que se escondem dos livros atrás de mentiras como: eu não tenho dinheiro. Faltou o percentual da população que trocou de celular no ano passado para compararmos com aqueles que não compraram livros.
Diogo, sou seu fã desde criança
Na pandemia, estava no doutorado na Saúde Coletiva, mas, abria a boca para discordar de qualquer tema e levava um negacionista, antivacinista e bolsonarista. Quando obrigaram a vacinar, resolvi não obedecer o apito e desgarrar da boiada. Como é bom conversar livremente com os livros. Concordo, discordo, mudo de ideia e eles continuam lá para eu reler quantas vezes sentir necessidade. Eles não me chamam de fascista.
Triste constatação. Mais triste ainda ė saber que uma grande quantidade de dinheiro apostado nas bets e tigrinhos vem de auxílios pagos pelo o governo.
84% dos brasileiros não compraram um livro no ano passado. Podemos refletir que grande parte dessa porcentagem abrange a nossa elite. Não é novidade para ninguém, desnecessário dizer, que nossa elite é, deveras, intelectualmente indigente, em grande parte. O que se pode concluir que a baixa intelectualidade, trazida por essa notícia, é um dos fatores que explicam muito nosso atraso, uma vez que quando se tem iletrados que nos governam, o resultado, ceteris paribus, é desastroso. O que, talvez, pode explicar o baixo desvelo dos brasileiros pela intelectualidade é a vaidade da elite. Uma vez que a elite influencia o restante da população, percepções enfatuadas da elite sobre ela são transferidas para o resto da ralé analfabeta. Além de ideias esdrúxulas que são intelectualmente contraproducentes. Por exemplo, a elite tem a pachorra de achar que é "exemplo" democrático para os EUA; demais, a elite também esposa ideias e mentalidades tacanhas - muitos da elite consideram o funk uma "arte". Logo, ceteris paribus, sempre que uma elite de um país franqueia ideias canhestras e tem uma visão sumamente presunçosa de si mesma - o que degrada a razão, distorcendo a própria realidade de si - o resultado é miséria intelectual, antropológica e espiritual.
Victor, dos 84% da população uma MINORIA é a elite. Não acho que o problema constatado nesse número pesquisado atinja a elite mas atinge a maior parte da população( elite e clases médias e baixas) que se esconde por trás do argumento que não podem adquirir um produto tão caro, o livro. Claro que este argumento é uma lorota. Somos um povo que, culturalmente, odeia ler porque não vê um objetivo prático(possibilidade de ganhar dinheiro)nisso.
Não fui muito específico no que disse. De fato, sim, você está certo que a elite é minoria. Mas o que quis dizer - e é uma elocubração - é que, proprocionalmente, dos 84%, digamos que a abrangência da elite seja de 50% a 75% - e, de novo, números que são oriundos do instituto TDK (If you known what I mean). Se caso seja a metade disso que atinja a elite, já é algo que demonstra como nossa elite é abjeta (na realidade, todos nós sabemos), pois, no caso específico, a elite, diferente de um proletário, tem dinheiro para comprar infinitos livros e,sobretudo, o tempo de ócio, algo que um proletário tem menos ou de maneira escassa.
Anseio pelo dia em que a minha teimosia seja desnecessária, e o Diogo não tenha mais que se submeter a leituras de pseudojornalistas ou assistir a esses interpretando Madonna na Globo News.