As mensagens dos Bolsonaros foram reveladas com a intenção clara de promover uma transbordante transparência. Daquele tipo que ilumina os porões alheios enquanto mantém cortinas cerradas sobre os salões da corte.
No dia 27 de junho, Bolsonaro disse para seu filho não compartilhar um documento. E emendou: “esqueça qualquer crítica ao Gilmar”. Disse ainda estar “conversando com alguns ministros do STF” e que “todos ou quase todos demonstram preocupação com sanções".
O silêncio ensurdecedor que se seguiu é ainda mais interessante. A imprensa procurou os gabinetes dos 11 ministros do STF e a assessoria da corte. Ninguém quis comentar. Nem mesmo Gilmar, o arauto da transparência judicial, que sempre tem algo a dizer sobre muitos assuntos, como processos em julgamento e “conluios” da Lava Jato...
Vagabundo conhece vagabundo..
Me recuso a discutir conversas alheias sem saber o quadro todo, ainda mais, entre pai e filho, ainda mais, ilegamente obtidas, ainda mais, seletivamente escolhidas, ainda mais, pela polícia federal. É uma discussão abjeta e podre.