#NãoSãoIguais
Enquanto o país afunda, ainda há quem mantenha a ilusão de que um lado é melhor que o outro
A eleição de 2022, na prática, foi perdida no primeiro turno. O desastre foi selado, a escolha no segundo turno era por qual caminho o país seria destruído, ou de qual lado da areia movediça iríamos afundar.
A atual crise refletida na tríade Trump, Lula e Bolsonaro é mais um exemplo claro disso. Mesmo fora do governo, os bolsonaros mostram o quanto podem ser destrutivos.
Quanto o país hoje precisaria de uma oposição séria e comprometida? Há tempos isso não existe.
Quando era oposição, o PT saiu pelo mundo defendendo “Lula Livre”, denegrindo o Judiciário, atacando e prejudicando a credibilidade das instituições. Fizeram até cartilha para distribuir pelo mundo – fica a dica, bolsonaros. Não estavam nem aí para o país; só o Lula livre importava.
E o que fizeram os bolsonaros? No governo, demonstraram todo o empenho em ressuscitar Lula. E o que fazem agora? Para salvar a própria pele, não se preocupam em atuar contra o país num momento ainda mais crítico.
Lula e Bolsonaro querem, na real, que o país se lasque.
Mas ainda tem quem mantenha o espírito forte e insista que “não são iguais”. Como se isso pudesse remotamente significar que um pode ser melhor do que o outro. Claro que não são iguais. Cada um é destrutivo à sua maneira.
E para aqueles que babam só de pensar em Paulo Guedes ministro no lugar de Haddad, basta lembrar o que aconteceu com Bebianno e Moro. Qualquer pessoa que, remotamente, discordasse de um bolsonaro, não importa o quanto fosse competente, foi rapidamente neutralizada, pisoteada, escanteada. Se isso não convence... É só recordar da cena em que Ricardo Barros e Luiz Eduardo Ramos se sentiram autorizados a escoltar um Paulo Guedes completamente subserviente ao que ele gentilmente tentou denominar “articulação política”.
Quem imagina que os vícios de Bolsonaro seriam atenuados num Bolsonaro 2 parece não ter visto o que ocorreu em Lula 1, depois em Lula 2, depois em Dilma 1, depois em Dilma 2... Insistir que um, dois, três, quatro ou mil erros vão produzir um acerto nos trouxe exatamente onde estamos – e vai continuar nos fazendo afundar na lama, enquanto insistirmos nisso.
Clap clap clap… di cum força !
Se o Estagiário anda pessimista, imagine um ancião de 74 anos (eu) ? É evidente que nunca verei um país minimamente decente. Só se eu mudar pra Suíça. 🇨🇭
É isso mesmo! Estamos enredados numa rede de muitos nós, mas é a mesma. Pelo jeito, não há ninguém que se atreva a atravessá-la para irmos para uma situação que leve ao Brasil e sua população ao merecido lugar - que não é o lodaçal.