#NãoVaiSobrarNada
Por incompetência de Lula, o agronegócio brasileiro pode perder espaço para os americanos, com apoio direto de Pequim
Você pensa que é só o supremo ministro admirador do regime chinês que manda recados pela Folha?
O próprio regime chinês também o faz. Ou pelo menos é isso o que aparenta ser a entrevista com o pesquisador Zichen Wang. Ele não é porta-voz oficial de Xi Jinping, mas dirige um think tank com laços profundos com o Partido Comunista e com o governo chinês e tem um site aqui pertinho, quase vizinho do NEIM, no Substack: o Pekingnology.
Segundo Wang, Trump e Xi podem fechar um acordo até novembro, durante a visita do presidente americano à Ásia. O pacote incluiria a compra massiva de produtos agropecuários dos EUA, como soja e carne – exatamente os mesmos produtos que o Brasil exporta para a China. Ou seja: o agronegócio brasileiro pode perder espaço para os americanos, com apoio direto de Pequim.
Ao contrário dos porta-vozes extraoficiais das autoridades brasileiras, Wang não enrola.
Folha: Em telefonema nesta semana, Xi disse a Lula que China e Brasil podem dar um exemplo de 'autossuficiência do Sul Global'. Quanto Pequim realmente aposta nisso?
WANG: O líder chinês costuma usar a expressão "autossuficiência" para enfatizar segurança alimentar. Ele quer que os chineses produzam alimentos internamente, se não 100%, ao menos com uma participação grande no suprimento.'Devemos segurar as tigelas de arroz em nossas próprias mãos', na frase conhecida usada por ele.
Sim, exatamente. O que ele estava procurando dizer agora a Lula é que esses países precisam tomar decisões com mais independência e enriquecer a si mesmos. Obter resultados através de sua cooperação em vez de depender do mundo mais desenvolvido.
Ele explica que enquanto a China negocia com os EUA e se posiciona com firmeza, inclusive usando sua força em minerais estratégicos como alavanca, o Brasil não tem ferramenta de pressão. Trump já impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, e o governo Lula não reagiu com nada além de declarações genéricas sobre o Sul Global.
A China, por sua vez, não vê o Brasil como ameaça nem como prioridade. Wang afirma que Pequim não tem interesse em punir o Brasil, mas também não vê razão para protegê-lo. A ideia de “autossuficiência do Sul Global”, que Xi Jinping mencionou a Lula, é mais retórica do que compromisso. A China quer fazer negócios com todos, inclusive com os EUA, e não vai sacrificar seus interesses para manter o Brasil confortável.
Os países fora do Sul Global são os mais ricos do mundo, mercados consumidores muito grandes. A China não está tentando cortar ou reduzir sua cooperação econômica com EUA, Europa, Japão. Desde a Covid, vem tentando estabilizar suas relações com todos eles.
O entrevistador reage como se fosse um absurdo, uma contradição negociar com Trump enquanto Índia e Brasil apanham das tarifas americanas. Retórica do jornalista ou não, a imaturidade do brasileiro fica bem representada.
Não há contradição nisso?
A China não vê isso como contraditório. Ela tem liderado e moldado a cooperação do Sul Global e está tentando estabilizar suas relações com o Norte Global. >>
A China não vai parar de negociar com os EUA para ajudar os “amiguinhos” que estão apanhando de Trump.
Os EUA parecem ter sido paralisados pela resposta firme da China às tarifas. A lição chinesa até agora é que precisa se manter, defender seus interesses, sua dignidade. Até agora, isso tem se mostrado eficaz, em parte porque a força da China em minerais de terras raras pode causar problemas reais para os EUA. A Índia não possui ferramentas semelhantes, então os EUA estão basicamente livres para impor tarifas de 50%.
O mesmo vale para o Brasil?
Sim. Esses países, quando tentam lidar com um presidente como esse, precisam encontrar a alavancagem que têm e que podem usar sem muito custo interno.
O recado é bastante claro. A China vai priorizar a si mesma. Se Trump oferecer soja e carne mais baratas, o Brasil dança. O Sul Global unido serve só para a riqueza. Na pobreza é cada um por si.
E o Brasil? Não tem tecnologia estratégica. Não tem peso militar. Não tem plano de contingência. Tem Lula. Tem o PT. Tem o STF. Tem Bolsonaros. Tem centrão. Todos defendendo a soberania!
Enquanto Índia, Indonésia e até o Paquistão disputam espaço com pragmatismo, o Brasil segue vulnerável, medíocre, sem a tal alavancagem e com um governo que parece acreditar que se fingir afinidade ideológica vai garantir proteção comercial.
Zichen Wang não precisa dizer isso com todas as letras. Mas a mensagem está lá, clara como o dia. Se o Brasil não se mexer, será atropelado pelo acordo entre Xi e Trump.
Lula exterminou os fundamentos do Plano Real, corrompeu e desmoralizou de vez as relações entre os três Poderes. Tornou os brasileiros incapazes de distinguir crime de política. Fez do corruptível e corrompido Estado brasileiro, um agregado marginal, anômico. Abriu as portas para o bolsonarismo, está levando o país para o shutdown. E, agora, está prestes a acumular em sua biografia o mérito de ter destruído o agronegócio e, quem sabe, até a relação diplomática de séculos do Brasil com os Estados Unidos.
Sua conclusão se encontra com a minha. Perguntei ao Grok sobre o comércio Brasil-China-índia-EUA:
A China comercializa com os EUA, 700 bilhões de dólares, nos anos 2000 comercializava somente 2,4 bilhões de dólares.
O Brasil comercializa com os EUA, 92 bilhões de dólares
A Índia saltou para, 142 bilhões de dólares
Não tem jeito de a China desquitar do EUA, é muito mais fácil tomarmos um chifre daqueles, bem doídos.
Em resumo, China e Estados Unidos jogam outro jogo. Se o Nine e todo o governo esperar que a China vai se sacrificar para proteger o Brasil, vão esperar sentadinhos kkkkkkkkk
Estamos é fud....