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#Natal: A cruel redenção de Tokyo Godfathers

A animação do japonês Satoshi Kon nos faz refletir sobre como pequenos atos podem corrigir um mundo que nunca parece disposto a se corrigir

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Diogo Chiuso
dez 25, 2025
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O japonês Satoshi Kon realizou poucos filmes, mas suficientes para marcar o cinema contemporâneo. Perfect Blue, Millennium Actress e Paprika lidam com identidades instáveis, memória fragmentada e a invasão do imaginário sobre a realidade. Tokyo Godfathers (2003), no entanto, segue na direção contrária. É seu filme mais linear, mais narrativo e o mais atento ao mundo concreto — ruas, lixo, frio, fome e gente “invisível”.


A animação de Satoshi Kon está no catálogo do Prime Video


A história se passa no período do Natal, mas sem ornamentos espirituais visíveis. Nada de transcendência, iluminação ou redenção garantida. O que aparece é um tempo suspenso, em que as contradições ficam mais visíveis: a miséria incomoda mais, a solidão pesa mais, e qualquer gesto mínimo — um olhar, um cuidado, uma decisão — ganha densidade moral. É nesse cenário que três pessoas em situação de rua encontram um bebê abandonado e decidem procurar seus pais.

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