Não É Imprensa

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#NelsonPuxaNossosPés

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A “deliciosa e alienada inércia contemplativa” das nossas elites. O “ódio de comício” do judiciário. Em 2025, continuamos em 1968, mas com Wi-Fi

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João Falstaff
ago 24, 2025
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Nelson Rodrigues sempre passa por aqui para puxar os nossos pés. Nascido em 23 de agosto de 1912, ontem acendemos algumas velinhas e cantamos um tímido parabéns, na esperança de que ele sempre retorne.

Quando escreveu o texto abaixo, O ópio das elites, Nelson estava prestes a completar 56 anos. Agora, passados outros 57 anos, o texto vibra, grita, arranca os cabelos e ri da nossa cara.

Em 1968, o país estava sob uma ditadura militar. O ópio que unia as elites brasileiras é revelado por Nelson como fundamental para cegar a todos. Para os entorpecidos, os problemas reais não existem.

Na época, a defesa do amor era feita com o ódio escorrendo pelos olhos e a defesa da liberdade era feita na areia movediça de algum totalitarismo socialmente bem aceito, entre cervejinhas, caipirinhas e um dia de sol na praia, ou nos bares dos intelectuais. Mas é claro, isso é coisa do passado. Evoluímos!

No texto, Nelson menciona rapidamente Pinheiro Machado. Conhecemos menos esse senador poderoso, que na época era chamado de “chefe”. Sabemos um pouco mais sobre seu grande opositor, chamado de “mestre”, o senhor Rui Barbosa. Naquele momento, o café com leite dominava a política, um discreto e conciliador presidente como Wenceslau Brás não atendia aos instintos mais basais. A disputa entre conservadores e liberais encarnava-se em Pinheiro Machado e Rui Barbosa. Era nela que os jornais investiam para despertar paixões entre leitores.

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João Falstaff é um falstaffianista, incorrespondente do NEIM em Brasília, a cidade que também “de dois efes se compõe”, como a Bahia no poema de Gregório de Matos.
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