Ei, Siri, quantas vezes defendi que o sociopata fosse preso? Perdi a conta. O Google deu uma série de resultados, mas tenho certeza de que há mais, muito mais do que isso. Eu teria de incluir nas buscas os termos cadeia, cana, encarceramento, algemas e masmorra. Mesmo assim, alguns dos meus textos ficariam de fora, porque perdi o acesso à minha ex-revista.
Não fiz a pesquisa para me cobrir de glória. Afinal, o outro criminoso que ajudei a mandar para a cadeia agora está sentado no Palácio do Planalto. De fato, o que a pesquisa mostra é apenas o meu fracasso, ou a inutilidade do meu esperneio, porque Bolsonaro deveria ter sido preso durante a epidemia, ao condenar milhares de pessoas à morte, e antes de seu golpe anunciado.
Reproduzo um texto exemplar nesse sentido, que publiquei em meados de 2022. Já estava tudo lá, perfeitamente óbvio, sem surpresas:
Jair Bolsonaro tem de ser preso. As democracias costumam recorrer ao voto para se renovar. O método adotado no Brasil bananeiro é outro: aqui, só a cadeia resolve. Foi assim com Lula. Vai ser assim também com Jair Bolsonaro.
A certeza de que vai para a Papuda no ano que vem, depois de ser condenado inapelavelmente pelo eleitorado, é o que move o sociopata. É uma estupidez perguntar-se se ele vai tentar dar um golpe. É claro que vai. O que ninguém sabe – nem ele – é quando isso deve ocorrer. É provável que ele continue a incitar seus aloprados até o momento de ruptura, numa escalada subversiva pronta para eclodir durante o segundo turno, com motociclistas armados, motins policiais e meia dúzia de tanques fumacentos nas ruas.
Continuei com esse lengalenga por mais de dois anos. Vou festejar a prisão de Bolsonaro, claro. Mas sei que ela não serve para nada.
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Nem cadeia resolve..
Gostaria de ver toda a família Bolsonaro na prisão. Gente arrogante, criminosa e incompetente. Durante o tempo que estiveram com o prestígio de seus eleitores e o pai na presidência não fizeram nada de bom para o país, apenas derramaram o ódio e a mentira. Foram tão incompetentes que conseguiram trazer o presidiário de volta para o cenário político .