No início de seu ministério, Cristo foi conduzido pelo Espírito ao deserto. Quarenta dias de jejum. Pedras e silêncio. Ali, enfrentou o próprio Satanás. As tentações: transformar pedras em pão, tomar a glória do mundo. Cristo recusou o atalho. Escolheu a fome, a humildade, a obediência. Já carregava a cruz que viria depois.
O sertão brasileiro também é terra de escassez e provação. Lula, porém, encarna outro reino. Proclamou que Deus deixou o povo sem água porque um dia ele seria presidente. O deserto do sertão virou símbolo da espera. O sofrimento do povo serviu à consagração do seu nome.
A frase revela uma estrutura diabólica. Justamente por parecer um gracejo, engana. Poderia passar por populismo cangaceiro, mas não resisto a dar nome aos porcos: trata-se de teologia política edificada sobre afetos. A biografia do líder exala a boa nova. É figura do ungido anunciada pelas dores do povo.
Cristo recusou o pão, a glória e o poder. Por isso é Cristo. Mas o Evangelho segundo o Sertão 4,1-9 revelou uma nova Jerusalém:
1 E então foi Lula levado pelo espírito da história ao sertão, para que ali fosse exaltado diante dos homens.
2 Tendo andado por anos entre os que sofrem, e visto a sede do povo, disse consigo mesmo: “O tempo se cumpriu.”
3 E eis que se aproximou dele a tentação, e lhe foi dito:
4 “Se és o escolhido, transforma a sede do povo em tua glória; faze da seca tua consagração.”
5 E Lula respondeu: “Está escrito em minha história: todo sofrimento espera por mim.”
6 E o tentador o levou a uma montanha árida, e mostrou-lhe a vastidão dos rebanhos, os aplausos das multidões e as obras inacabadas.
7 E disse-lhe: “Tudo isto te darei, se fizeres da tua biografia um altar, e disseres que Deus guardou a água até tua chegada.”
8 E Lula, prosternando-se, respondeu: “Eu sou aquele que veio. O povo esperou por mim.”
9 E com isso, se fez silêncio no sertão, e os homens o aclamaram, dizendo: “Hosana ao filho da seca! Bendito o que vem em nome da superação!”
Ao final do ministério, Cristo entrou em Jerusalém montado num jumentinho. O povo estendeu mantos pelo caminho. Seguravam ramos de palmeira e clamavam: Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas. Lula encarna a subversão da teologia política cristã. Onde há renúncia de Cristo, Lula planta glória. Onde há cruz, ele ergue uma altar para sua própria biografia.
Esse gesto expressa, para mim, a autofagia simbólica da democracia brasileira. A linguagem política passou a se alimentar da própria realidade. Lula acredita no que diz. Acredita que Deus o preparou para esse papel. Acredita que sua biografia redime a dor alheia. Acredita que o sertão esperava por ele. Sua frase é a confissão de um homenzinho convencido de que governar é redimir.
Lula se aproveita da falta de Educação do povo para se declarar salvador : É UM CANALHA!!!!
Esse vigarista, corrupto, satânico, só merece o nosso escarnio, desprezo, cadeia, e purgatório.