Por Vicente Renner
Muitas pessoas já descreveram para você O Reino do Amanhã, minissérie da DC, publicada em 1996, como uma resposta saudosista de Mark Waid, fã da Era de Prata, ao cinismo dos heróis do início da década de 90, desenhada por um Alex Ross, um gênio da renascença revivido e dedicado aos quadrinhos.
Pois bem: muita gente já te mentiu. O Reino do Amanhã não é nada disso.
Começo pelo que mais me indigna: Alex Ross, talvez o principal responsável pela série e seu sucesso. Ross tem uma grande virtude: é capaz de produzir splash-pages que dão medo e inspiram grandiosidade ao mesmo tempo. Assim:
Essa virtude está alicerçada na escala, no apego pelo épico [abundam contra-plongées] e na inércia — Ross não retrata ações em seus splash-pages, apenas momentos de impacto.