Espera-se de um decano de 69 anos que aja com a sabedoria e prudência que o cargo e o tempo impõem. Mas Gilmar Mendes parece empenhado em provar o contrário. Depois de processar Sergio Moro por uma piada de festa junina, Gilmar agora se excede contra Fux, por ele ter pedido vista no mesmo processo.
No intervalo de uma sessão, incomodado com a perturbação de seus planos, Gilmar teria chamado Fux de “figura lamentável” e ainda sugerido que ele fizesse terapia para “superar a Lava Jato”. É o tipo de projeção que qualquer psicanalista reconheceria à distância: quem acusa o outro de obsessão costuma ser o próprio obcecado.