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A esquerda tentou controlar as redes, mas agora sente o gosto da derrota

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jan 08, 2025
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Por favor, leiam o trecho a seguir como se fosse uma nota fúnebre:

O anúncio de Zuckerberg não é o mero anúncio de uma nova política de moderação da empresa Meta. O que ele anuncia é um dos maiores fatos políticos – senão o maior – desse tempo em que vivemos.

Eu pesquiso no doutorado as políticas de regulação da internet no mundo e a relação disso com as ideias de liberdade norte-americanas. O que Zuckerberg diz, com todas as letras, é que a liberdade defendida pela extrema-direiat, as ideias de Trump e Musk, serão as suas. Ideias que ameaçam instituições e democracias. Ideias de violência e tortura. Para isso, Zuck operará em parceria com o governo dos Estados Unidos. E o Velho excepcionalismo americano: a ideia de um povo predestinado a salvar todos os povos. As ideias que fazem desse Império o que mais guerreou na história.

O anúncio soa mesmo como uma declaração de guerra ao mundo. Ele menciona nominalmente China e América Latina e ao se referir a (sic) regulação europeia, refere-se a Alemanha, protagonista da construção da regulação daquela região. Ao mencionar o X como sua referência, ele menciona a rede cujo proprietário opera direta e explicitamente ameaças a vida democrática de diversas regiões do planeta.

É um fato imenso. Não errem tentando colocá-lo no âmbito da “internet”. Não imaginem que se trata de algo afeito a (sic) comunicação ou moderação de conteúdo. Não subestimem acreditando que pode ser resolvido pelas secretarias de comunicação dos governos. Essa é a agenda central da geopolítica do nosso tempo. Só uma resposta institucional organizada poderá nos permitir enfrentar essa ameaça.

Se o leitor e a leitora de NEIM tiverem estômago fraco, certamente não aguentaram a logorréia da ex-deputada Manuela D’ávila, que recentemente fez a consultoria digital para a campanha fracassada de Boulos à prefeitura de São Paulo. (Boulos foi derrotado, bem entendido, mas Manuela D’avila recebeu 1 milhão de reais em pagamentos das demais campanhas para as quais prestou consultoria, segundo a Folha de S.Paulo).

A informação acima entre parêntesis passa longe da longa meditação de D’Ávila sobre a decisão de Mark Zuckerberg, o herói dos nerds, ao mandar para as cucuias o sistema de checagem de fatos do META, conforme explica a manchete do G1:

Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos para adotar 'notas de comunidade' como no X

No Instagram, Mark Zuckerberg detalhou as mudanças, criticou a Europa e, sem apresentar provas, mencionou 'tribunais secretos' que ordenam remoção de conteúdo na América Latina. Ele ainda disse que a empresa vai trabalhar com Trump 'para pressionar os governos de todo o mundo'.

Para entender o impacto do que está acontecendo é preciso retomar o já longínquo ano de 2016, quando a tempestade perfeita começou a se formar.

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