#OGabineteDoMotta

O salário dos assessores do terceiro homem na hierarquia da República é gerenciado por uma ré por rachadinha

O Metrópoles traz mais uma denúncia sobre os excelentíssimos nos quais o povo vota com tanta alegria.

Ivanadja Velloso Meira Lima, chefe de gabinete de Hugo Motta, com seu nome diferentão poderia até ser uma das esposas de Donald Trump. Mas ela só gerencia o pagamento dos assessores do presidente da Câmara. Ivanadja responde uma ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal, por operar um esquema semelhante no gabinete do deputado Wilson Santiago, aliado de Motta. O MP a acusa de ter movimentado a conta de um funcionário fantasma que jamais esteve em Brasília e nem sabia o valor do próprio salário.

Aplausos. Viva o Brasil. Viva o Congresso!

No gabinete de Motta, a moça detém procurações com poderes “amplos e ilimitados” para sacar salários e movimentar contas bancárias de pelo menos 10 funcionários e ex-funcionários do gabinete de Motta, desde 2011.

Vale lembrar que Hugo Motta recebeu apoio tanto de petistas quanto de bolsonaristas para ocupar, com esse olhar mafioso, a presidência da Câmara.

Essas procurações foram registradas em cartórios da Paraíba e, em oito delas, consta explicitamente o poder de “receber salários”!

Os funcionários acumularam mais de R$ 4 milhões em remunerações durante o período em que estiveram lotados no gabinete. Dois deles ainda trabalham com Motta: Ary Gustavo Xavier Guedes Soares, motorista e caseiro da fazenda do deputado, e Jane Costa Gorgônio, secretária parlamentar.

A investigação também aponta que outros funcionários que assinaram procurações em favor de Ivanadja estavam simultaneamente lotados em cargos públicos no governo da Paraíba, o que é vedado pela Constituição. Entre os nomes citados estão Maria Socorro de Oliveira, Adilani Justino, Gabriela Leitão Venâncio, Valdirene Novo dos Reis (ex-primeira-dama de Teixeira-PB), Kelner Araújo (envolvido na Operação Veiculação), Paulo Vinícius Marques Pinheiro e Raimundo Nonato de Araújo.

Além disso, Hugo Motta empregou cinco membros da família Pagidis em seu gabinete, incluindo Gabriela Pagidis, apontada como funcionária fantasma. Ela recebeu R$ 807 mil entre 2017 e 2025, enquanto atuava em clínicas de fisioterapia e frequentava academia e zoológico durante o horário de expediente. A família Pagidis recebeu, ao todo, mais de R$ 2,8 milhões da Câmara.

O Metrópoles afirma que nem Hugo Motta nem Ivanadja Velloso se manifestaram sobre as denúncias. Falar o que, não é mesmo?