Se o depoimento de Freire Gomes já coloca Bolsonaro numa situação delicada, o do ex-comandante da Marinha, Carlos de Almeida Baptista Junior, abre as portas cadeia.
A defesa de Bolsonaro fica girando em círculos. Primeiro dizia não haver minuta nenhuma. Depois, que ele não sabia de nada, tentando jogar toda a culpa em Filipe Martins. Agora questionam se é crime articular um golpe de Estado que não ocorreu.
No seu testemunho, Baptista Junior diz que, antes de recorrer à ideia da minuta, Bolsonaro insistiu muito na tese das urnas fraudadas, embora os relatórios técnicos das Forças Armadas não indicassem nenhuma irregularidade.
Uma empresa de auditoria foi contratada pelo PL, segundo o depoimento de Valdemar da Costa Neto, por insistência de Bolsonaro, seus assessores e os deputados bolsonaristas, que acreditavam na possibilidade de impedir que “Lula subisse a rampa”.
O ex-comandante Baptista Junior disse que o relatório da auditoria privada continha vários erros técnicos. Mesmo assim, os bolsonaristas insistiam no assunto.
Mas a realidade se impôs e eles perceberam que a conversa de fraude nas urnas não iria prosperar. Foi quando partiram para a ideia da minuta, baseada na tese do jurista Ives Gandra Martins sobre o artigo 142 da Constituição.
Baptista Junior diz ter sido convocado para uma reunião no gabinete do ministro da defesa, Paulo Sergio de Oliveira, em que ele apresentou a malfadada minuta.
Os chefes militares ficaram indignados com a tentativa de ruptura institucional, garante Baptista Junior em seu depoimento. Ele também disse que, numa outra reunião, desta vez no Palácio do Alvorada, os chefes militares tentaram demover Bolsonaro da ideia de Golpe Estado, inclusive com a ameaça de prisão. Baptista Junior chegou a dizer que se Bolsonaro tentasse o golpe, não ficaria no poder.
Mas a conspiração já estava espalhada entre os bolsonaristas, a ponto de Baptista Junior ser pressionado pela deputada Carla Zambelli sobre apoiar ou não o ex-presidente no golpe. Além disso, Braga Netto articulou com o então comentarista da Jovem Pan, Paulo Figueiredo, ataques ao ex-comandante Baptista Junior, “a fim de tentarem convencê-lo a mudar de opinião sobre a tal ruptura institucional”. Fizeram o mesmo com o general Freire Gomes.
Baptista Junior diz ainda ter interpelado o general Augusto Heleno sobre a ideia de golpe, que teria ficado “atônito e desconversou sobre o assunto”.
No final das contas, algo ainda é um mistério. Os bolsonaristas realmente acreditavam que os comandantes das Forças Armadas iriam se expor ao mundo todo, participando de um Golpe Estado, para entregar o poder nas mãos de um mentecapto e uma dúzia e meia de imbecis?
Quando eu era adolescente encontrei escrito em uma porta de privada pública, na minha sempre amada Porto Alegre, lá pelos lados do Parque da Redenção: "Triste sina ser poeta de latrina!".
Hoje, depois de tantos e tantos anos, sempre vem esta frase em minha mente quando vejo as "opções" que temos no Brasil: de um lado um bando de tresloucados sem qualquer cultura filosófica ou política, com estratégias e táticas não aceitáveis nem em futebol de botão; de outro lado, um grupo defensor de idéias econômicas e ideológicas totalmente retrógradas, que não deram certo em lugar nenhum do mundo, em nenhum tempo, do primeiro ao terceiro mundo onde foram experimentadas. Tudo isto sendo arbitrado por..... bem, esquece.... "triste sina ser poeta de latrina!".... bons tempos em que esta sina me preocupava!
Essa gente, assim como o Mentecapto Mor, foi imbecil também, deveria é ter colocado a boca no trombone, no ato! Por que não fizeram isso?
Adorei a "Cola Zambeli".….🤣🤣🤣🤣
Não entendo esses militares terem ficado calados por tanto tempo. Tem que haver um motivo.
$eria e$$e?
Por que não prender o Mentecapto Mor e esperar tanto pra abrir a cela?