Ontem, a entrevista de Haddad na CNN rendeu um momento hilário. Ao ser questionado por Thaís Herédia por que a população e o mercado não acreditam mais no governo, o Ministro da Fazenda respondeu que a população também não acredita mais no que os jornalistas fazem. Ambos estão certos.
A pluralidade de ideias e vozes proporcionada pela internet desmantelou o monopólio da verdade, que antes era disputado - e muitas vezes dividido de comum acordo - pelo governo e pela grande imprensa. É por isso que o jornalismo e o governo se juntaram na cruzada contras as redes sociais. Afinal, em toda guerra, "o inimigo do meu inimigo é meu amigo”. No caso, o inimigo em comum é a ameaça das Big Techs.
O governo só quer que você pague mais imposto e fique quietinho. A imprensa só quer que você consuma jornais e acredite piamente no que ela diz. Ao final, os dois ainda se juntam para acusar você de criminoso.
O governo e o jornalismo estão perdidos. O primeiro acha que a solução para sua crise de popularidade é torrar milhões com o novo ministro marqueteiro da Secom. O segundo acha que a saída para a sua crise financeira é calar as redes e, assim, voltar a ser o gatekeeper oficial da informação. Ambos estão errados.
A confiança da população não se recupera com marketing, muito menos com censura, mas com credibilidade.
Eu quero que o lula derreta e suma deste plano, que o bozo va preso e que o jornalismo chapa branca definhe!
Nesta semana o Secretário Especial da Receita agradeceu a imprensa "pela parceria" no caso do PIX. E que seguiria contando com ela nos "próximos rounds"
No caso do Haddad ele culpou a imprensa por ter perdido a credibilidade junto à população.
Esses dois eventos são relacionados pois ao agradecer a imprensa o Governo a descredibiliza automaticamente.
A Imprensa deveria buscar a informação e não ser parceira. A população já entendeu isso.