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A leitura em tempos de crise

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Dionisius Amendola
ago 27, 2024
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“Esto es un jardín:/ un lugar para leer, escuchar, pasear, charlar, pensar, descansar, estudiar, trabajar y jugar./ Un lugar en el que crece y se celebra de múltiples formas la vida:/ la de los que a él acuden, la del propio jardín.”

Tema de Jardin LAC

Nestas últimas semanas ando a frequentar pouco o Substack, tanto em vista de obrigações financeiras (os famosos boletos que nunca deixam de chegar), quanto pela avalanche de novos usuários que a cada dia lançam mais e mais textos que não conseguimos ler. O cuidar de uma livraria também exige atenção, tanto na batalha de fazer o negócio acontecer – vender livros no Brasil não é fácil -, quanto no acompanhamento dos lançamentos e descobertas, ou redescobertas literárias.

Das diversas leituras que fiz nos últimos tempos será o novo livro de Michèle Petit, Somos animais poéticos, um dos mais interessantes e que não apenas fala a nós, pessoas dos livros, mas também dialoga de forma surpreendente com nomes como o do artista plástico Makoto Fujimura e do filósofo Byung-Chul Han, ainda que não de forma consciente.

Somos animais poéticos segue a linha de estudos culturais e reflexões sobre o impacto dos livros e da literatura na vida das pessoas e das sociedades que a autora desenvolve há mais de trinta anos. Assim como em obras como A arte de ler, Ler o mundo e Os jovens e a leitura, este novo livro aborda a “leitura em tempos de crise”, e a importância da arte, dos livros e da beleza como manutenção ou resgate de nossa identidade íntima e comum diante das diversas crises que assolam nossa vida contemporânea, deteriorada por crises econômicas, violência social e deslocamentos forçados. A maior parte dos artigos deste novo livro é fruto de conferências da autora e lida com o impacto do isolamento social que foi imposto quando da pandemia de Covid-19, e de como os livros, as bibliotecas, as livrarias e aqueles que compartilham deste universo de palavras e páginas souberam criar seus espaços e paisagens interiores diante do “fim do mundo lá de fora”. Tal ato de criação demandava antes de tudo que estivéssemos atentos à harmonia lírica – invisível - que sustenta nossa existência no mundo.

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