#OligarquiaCriminosa
O fim da Lava Jato foi um salvo conduto para a renovação do pacto oligárquico que domina o país desde a redemocratização.
A coluna de Andreza Matais, no Metrópoles, é quase uma aula prática de como – ainda – funciona a engrenagem real do poder no Brasil. Ela mostra, com riqueza de detalhes e requintes de crueldade, que o caso do Banco Master não trata apenas de banqueiros presos, mas de uma networking que envolve o alto escalão da Justiça, os caciques do Centrão, os criminosos do PT e alguns consultores políticos ligados a todos os outros partidos.
Os banqueiros Daniel Vorcaro e Augusto Lima, do grupo Banco Master, foram presos pela Polícia Federal. Vorcaro havia contratado o escritório da esposa do supremíssimo Alexandre de Moraes. Depois de sair do STF, o atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também prestou serviços para Vorcaro, no “comitê consultivo estratégico” do Banco Master. Vorcaro ainda tinha acesso a lideranças políticas como Davi Alcolumbre (presidente do Congresso) e Ciro Nogueira (líder do Partido Progressista). Já Augusto Lima, dizem, tinha “uma ligação muito forte” com o senador petista Jaques Wagner.
Parece que não aprendemos nada com a Lava Jato. Continua-se normalizando o crime, o tráfico de influências e as carteiradas institucionais. A promiscuidade entre público e privado, que foi alvo nas ações penais do Mensalão e Petrolão, retornou de forma colossal. Ou talvez nunca tenha nos deixado.
A velha Orcrim lulopetita está realmente de volta à cena do crime, como diria Geraldo Alckmin, na época em que tinha um pouco vergonha na cara – e um apelido discreto na planilha da Odebrecht.
A Lava Jato pode ter ultrapassado alguns limites. Mas a sua extinção não se deu por questões de justiça. Foi apenas um salvo conduto para a renovação do pacto oligárquico que domina o país desde a redemocratização.
Pode ter saído de moda a luta contra a corrupção, mas a sua necessidade é urgente e impreterível.
Mas o Brasil é esse país inacreditavelmente atrasado, em que a justiça não é usada para dar a cada um o que se deve, mas , literalmente, na encarnação sofista de Polemarco, “beneficiar os amigos e prejudicar os inimigos”.




No Brasil quando o poderoso é julgado e condenado, o que acontece? Legaliza o crime.
A Lava Jato é a mãe que pariu o Fundo Eleitoral. E antes que Bolsonarista venha cagar honestidade, lembre-se que foi ele que teve a competência que a Dilma não teve para acabar com a operação (Augusto Aras, Gilmar Mendes).
E a grande imprensa segue preocupada com o Estado Democrático de Direito.
Desde que mudaram o nome da constituição, o negócio só apodreceu. 🤣🤣🤣🤣