#OMaisForte
Enquanto Moraes celebra a força do Judiciário, o Brasil é tomado pelo crime
Com segurança reforçada, Alexandre de Moraes foi a Florianópolis para um encontro jurídico promovido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). É a primeira vez que ele visita Santa Catarina depois da condenação definitiva de Bolsonaro. Diante de uma plateia composta de juízes, o ministro reconheceu que a Justiça tem que ser humilde para aceitar críticas, mas alertou: não há, no mundo, Poder Judiciário mais forte que o do Brasil.
Moraes não disse que o Judiciário do Brasil é o mais “eficiente”, nem o mais “justo”, muito menos o mais “produtivo” do mundo; simplesmente usou a palavra “forte”, termo genérico, abstrato e que pode significar inúmeras coisas — talvez até mesmo soe ameaçador. A questão é que o Judiciário brasileiro pode ser o mais forte do mundo para prender idosos baderneiros ou para censurar influencers no Instagram, mas, quando o assunto é manter assassinos, estupradores e políticos corruptos na cadeia, o poderoso braço da Justiça perde toda a sua força. Talvez isso explique porque o nosso país - mesmo com “o Judiciário mais forte do mundo” - teve mais assassinatos no ano passado do que toda a Europa, a Oceania, os EUA e o Canadá juntos.
Moraes ainda defendeu o quinquênio, penduricalho que garante aumento salarial a cada cinco anos, e demonstrou preocupação com os influencers digitais (sempre eles): “hoje qualquer influencer virou analista jurídico”. Todo brasileiro que não anda com a escolta de segurança que o ministro teve em Florianópolis sabe que o grande problema do Brasil não são os influencers ou as redes digitais, mas o crescimento exacerbado do crime organizado nas mais variadas esferas sociais, econômicas e políticas do país.
Antes de reivindicar força, como fez Moraes, talvez nossas instituições precisassem demonstrar coragem. Caso contrário, continuará valendo a percepção — e a má fama — de que o Poder Judiciário “mais forte do mundo” facilmente se volta contra alvos inofensivos ou de menor potencial ofensivo, em vez de combater aqueles que efetivamente ameaçam a sociedade brasileira.




Como não é possível fazer algo contra os absurdos do STF petista e quem poderia fazê-lo são senadores corruptos sendo processados pelo próprio Supremo, o que nos resta é ignorar os filhosdasputas de toga, ignorar tudo que disserem e fizerem. É um FODA-SE geral, mas a nossa mídia que também é comprada não topa uma iniciativa dessa.
O Judiciário se esforça para continuar sendo o poder menos popular e confiável da República. E olha que o páreo é duro...