#OperaçãoTarcísio
Enquanto Bolsonaro sai de cena, jornalismo profissional estende o tapete para o governador paulista
Ler a imprensa tem sua dose de diversão, mesmo para um estagiário, porque é possível acompanhar a movimentação da classe política como se fosse jogada ensaiada da Seleção Brasileira – isto quando o escrete canarinho tinha suas táticas e não dependia dos lampejos dos raros talentos nativos.
Neste sábado, “Folha de S.Paulo” e “Estadão” mostram como se constrói uma renovação de um quadro político. O trabalho não se dá nos editoriais ou nos textos de opinião, mas na angulação das entrevistas ou, ainda, na apresentação dos dados. Tudo muito insidioso. Nada escancarado. Formar opinião exige alguma sofisticação, como se verá a seguir.
Na “Folha de S.Paulo”, uma entrevista com Bolsonaro, cuja semana provou que o seu inferno astral é o dia da marmota: teve até trompete anunciando a marcha fúnebre.
A repórter Marianna Holanda foi à sede do PL e conversou com Bolsonaro. A entrevista passa pelas idas e vindas do ex-presidente em relação ao golpe; trata da visão de Bolsonaro sobre a Constituição; e tem espaço para a pergunta que se costuma fazer aos condenados, acerca do arrependimento, que Bolsonaro diz não ter.