Napoleão, de Ridley Scott, Blonde, de Andrew Dominik, e Ferrari, de Michael Mann, e, potencialmente, Zona de Interesse, de Jonathan Glazer, criaram discussões sobre a representação cinematográfica da realidade, mas que, ao mesmo tempo, desviam o foco daquilo que realmente interessa: a visão desses diretores e contadores de história sobre os personagens reais e os fatos que envolveram suas vidas. O detalhe crucial que parece escapar aos críticos que almejam um tipo de realismo banal, escravo de fatos e documentos, é a conclusão de que, ao final, tudo é mistificação.
E o paradigma contemporâneo desse tipo de filme é, obviamente, a biografia de astros do rock e do pop.