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No meio do drama das taxações trumpistas, o comércio exterior brasileiro pode ser salvo pelo maluco da motosserra

Quando Milei assumiu, a imprensa profetizou o fim da Argentina.

Milei é doido, fala com cachorros e tem aquele estilão de filho bastardo do Elvis Presley.

Pegou um país com a economia no buraco, depois de anos de incompetência, caudilhismo esquerdista e muita, muita corrupção.

Ainda assim, os especialistas da GloboNews garantiam que os argentinos se tornariam mendigos com as políticas liberais de Milei.

Hoje temos o Brasil na bancarrota, mendingando ajuda dos chineses, enquanto o PIB da Argentina cresceu 5,8%… e ainda não apareceu nenhum jornalista para dizer: “veja como isso é bom!”.

Enquanto Haddad precisou taxar os pobres nas compras de blusinhas de sites chineses, a Argentina do malucão que fala com cachorros e tem aquele estilão de filho bastardo do Elvis Presley se tornou uma tábua de salvação para o comércio exterior brasileiro.

“O peso está extremamente valorizado. O grosso do comércio é no setor automotivo. Não estamos exportando produtos diferentes. A diferença é que agora está muito mais interessante para as empresas venderem o carro brasileiro na Argentina, que sai muito mais barato”, afirma Lia Valls Pereira, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), na matéria de capa do Estadão de hoje.

Segundo Andrea Serra, diretora tributária e de comércio exterior da Anfavea, “as exportações [para a Argentina] tiveram contribuição fundamental para o desempenho da indústria neste ano”.

Ou seja, no meio do drama das taxações trumpistas, o comércio exterior brasileiro pode ser salvo pelo malucão da motosserra.

Milei é equisitão, caricato e, ainda pior, é argentino. Tem todos os requisitos para ninguém esperar que seja um grande estadista.

Mas como dizia Dom Quixote, “loco sí, pero no tonto”.