#OsDeusesPotentes
A demanda por uma justiça carregada de simbolismo e urgência moral e política – tanto à direita quanto à esquerda - alimenta o retorno dos “deuses potentes”.
O que se viu e ouviu ontem na primeira fala aos parlamentares no segundo mandato de Trump, marca em definitivo o retorno dos “deuses potentes” ao cenário político mundial. Em um discurso de 100 minutos, o presidente americano apresentou sua visão de de uma “América grande novamente”. Estava lá o patriotismo, as denúncia das injustiças geradas por políticas identitárias, o ataque às políticas liberais de imigração que permitiram que milhares de criminosos entrassem no país, a defesa de uma política externa que leve em conta os interesses americanos em primeiro lugar, o fortalecimento das forças armadas, o protecionismo econômico, e last but not least, a defesa da lealdade e da solidariedade acima de tudo, lealdade a Trump e solidariedade aos interesses da América.
“Lutar, lutar e lutar”: eis o slogan que demanda ação a imperar nos bastiões trumpistas.
É a debacle da era do consenso liberal e do ordenamento político construído após a Segunda Guerra Mundial. Tal esgarçamento dos ideias liberais e democráticos não aconteceram da noite para o dia, e nem é culpa apenas dos fanáticos leais a Trump.