Num texto cheio de conversa mole, André Roncaglia diz que as as empresas devem beneficiar todas as partes interessadas, ou seja, “clientes, funcionários, fornecedores, comunidades e acionistas”.
Seria de uma candura extraordinária se não soubéssemos que Roncaglia é um defensor entusiasmado do capitalismo chinês, cuja governança prioriza a mão de obra semi-escrava, a falta de qualidade e a poluição desmedida.
Quando não está no Youtube falando abobrinhas, o professor da Unifesp sobe na tribuna da Folha para dizer coisas desse tipo:
“nesse novo modelo de governança, o interesse e a ansiedade do acionista por lucros trimestrais não dominam a gestão. Dilata-se o horizonte das ações corporativas, incorporam-se outros interesses e reconhecem-se custos que antes as empresas empurravam para a sociedade (poluição, tratamento de resíduos etc.).
O problema, Roncaglia, são esses “outros interesses”.