#ParadoxoDosConcursos
O que pode haver de inovador no recrutamento de servidores públicos?
A economista Esther Dweck é ministra da gestão e da inovação em serviços públicos no Brasil. Por esse motivo, nestes últimos dias, sua pasta esteve em evidência em função do Enem dos Concursos, oficialmente conhecido como Concurso Nacional Unificado. O objetivo é centralizar e agilizar o processo de contratação de novos servidores públicos federais. Daí o enigma, quase paradoxo: o que pode haver de inovador no recrutamento de servidores públicos?
Particularmente, o estagiário não tem nada contra, só não entende a nomenclatura da pasta, algo grandiloquente demais para uma prática tão corriqueira. Mas aí talvez tudo tenha a ver com o apelido da iniciativa deste domingo: o Enem dos Concursos. De repente, tudo se ilumina.
De acordo com as informações do Estadão, logo após a realização da prova:
“A gente vai dar esse número no final do dia, mas não está acima do que a gente imaginava. A gente reconhece que os números não são baixos, mas quando a gente deu a oportunidade de desistir, pouquíssima gente desistiu, só 30.000 pessoas. São 2,1 milhões de pessoas aptas a fazer a prova”, disse.
O que isso significa? Que o governo arrecadou bastante bem, obrigado, e que muita gente nem mesmo foi fazer a prova. Certa síndrome de Bartleby, o sol dominical e até mesmo a perspectiva de que muitos serão chamados e poucos os escolhidos. Seja como for, isso não impediu de Dweck de considerar a prova um sucesso.