Ironicamente, Steve Bannon, o macumbeiro oficial da Casa Branca, acha que Leão XIV foi escolhido pelas “forças ocultas do Vaticano”.
Bannon acredita que “Robert Prevost foi eleito pelos globalistas". E que a sua escolha “foi a pior para católicos MAGA”.
Segundo o guru espiritual do trumpismo bananista, a melhor escolha para os “católicos MAGA” seria um papa capaz de fazer saudações com a mão erguida e os dedinhos bem juntinhos.
A musa dos trumpistas esquizofrênicos, Laura Loomer, também se pronunciou, dizendo que o novo papa é marxista. Mas a gente sabe que nem Laura Loomer nem seus trumpistas esquizofrênicos têm a mínima ideia do que seja realmente o marxismo. Eles falam apenas por memes e definições de Wikipedia.
O problema é que antigamente, os idiotas calavam suas idiotices e jamais ousavam proclamá-las como se fossem verdades universais. Mas com o tempo, já dizia Nelson Rodrigues, os idiotas rapidamente foram se arregimentando, até se estabelecerem definitivamente pela superioridade numérica.
Então, aquelas ideias delinquentes, que pareciam inócuas porque sobreviviam apenas no submundo obscuro das seitas esotéricas, acabam ganhando vulto com algum idiota fundamental anunciando-as do alto de um caixotinho.
Este é o drama que estarmos vivendo no meio de um caos cognitivo em que, num singelo ato de subir num caixotinho para proclamar estultices, um idiota fundamental pode não estar destruindo apenas a si mesmo, mas arrastando o mundo inteiro para a sua própria idiotice.
No fundo, Donald Trump, Steve Bannon e Laura Loomer são apenas símbolos da patetice que se transformou a política – e com a qual somos obrigados a conviver.
Observando também este submundo da Internet você lê varias opiniões da esquerda dizendo que este Papa vai ser um retrocesso em relação ao combate do abuso de crianças por padres, que ele é homofóbico e por aí vai. Boa parte das pessoas que emitem estas opiniões (inclusive estes aloprados da direita americana) nem Católicos são. Por que não se calam? O artigo do Diogo responde esta pergunta.
Muito bom texto!