#PerdemosOBonde
O Brasil perdeu, e sempre perderá, o bonde físico e o simbólico. Nosso destino é ficar parado no ponto.
Em muitas capitais e cidades da Europa, os bondes continuam circulando firmes. Alguns foram modernizados e climatizados; outros conservam o formato tradicional do século passado, como uma lembrança dos bons tempos. Movidos a energia elétrica — quem diria que isso voltaria à moda? — não poluem o ar, são silenciosos e pontuais. Nenhum automóvel invade seus trilhos.
O investimento para construir uma linha de bonde é vultuoso: trilhos de aço cravados no solo, fiação elétrica suspensa, a estrutura de uma central elétrica para que tudo funcione. Os próprios veículos custam muito dinheiro, então não fazia sentido jogar tudo isso fora. Por isso, ainda circulam.