O levantamento mais recente do Datafolha indica que Ricardo Nunes está à frente da corrida eleitoral com 27% das intenções de voto, seguido de Guilherme Boulos, que tem 25%, e Pablo Marçal, com 19%. A pesquisa reafirma a estagnação de Marçal e a ascensão de Nunes depois do início do horário eleitoral. É como se o filme do marketing político tivesse ganhado um reboot agora em 2024.
Acontece que, ainda nesta semana, outra pesquisa, desta feita encomendada pelo Grupo Globo, mostrava resultado diferente. De acordo com o levantamento da Quaest, Nunes aparece com 24%; Marçal com 23; e Boulos com 21%. É como se o filme da antipolítica ganhasse um reboot com a força de um outsider, Marçal, frente a dois candidatos do establishment, Nunes e Boulos.
Também nesta semana, outra sondagem, desta feita do Instituto Atlas Intel, aponta Boulos à frente, com 28% das intenções de voto; Marçal com 24.4%; e Ricardo Nunes, com 21,8%.
O jornalista que gosta de afetar as pesquisas de intenção de voto como bússola para suas análises está em voo cego. Nada parece mais incerto do que as pesquisas que sugerem desfechos diferentes. Afinal, o fenômeno Pablo Marçal flopou ou permanece causando estrago? Qual é o verdadeiro impacto da campanha eleitoral, num momento em que a verba publicitária para a internet superou a da TV aberta? Perguntas sem resposta e, no final das contas, não parece que alguém vai cobrar os institutos de pesquisa – se bem que este deveria ser o caso.