#PlanoCruzadoDaSegurança
Lewandowski apresenta um Plano Cruzado Novo da segurança e o batizam como Plano Real
Em Itapajé, no interior do Ceará, o comerciante Alexandre Roger Lopes, de 23 anos, foi assassinado por não conseguir pagar o Comando Vermelho para manter seu comércio de espetinho aberto.
A cobrança do “imposto” havia aumentado de R$ 400 para R$ 1.000 mensais. Alexandre, sem condições de arcar com o novo valor, transferiu apenas os R$ 400. Dois dias depois, foi executado.
Se tivesse escolhido vender drogas em vez de espetinhos, talvez estivesse vivo.
Em Itu, no interior de São Paulo, a polícia prendeu um bandido que carregava 244 tijolos de pasta base de cocaína, o que corresponde a 200 kg de droga. Ele estava em alta velocidade na rodovia Castello Branco, em Sorocaba. Ao ser abordado, o motorista fugiu e foi preso em Itu. Ninguém atirou nele por traficar.
Na audiência de custódia, o juiz Marcelo Nalesso Salmaso considerou que a quantidade não era exagerada e que o réu era primário. Foi solto. O traficante que fugiu da polícia está livre e vivo. Protegido pelo Estado.
São só dois exemplos entre inúmeros casos. E o esforço para não repisar o caso da moça do batom e seus 14 anos de prisão também precisa ser grande, para não misturar as coisas.
Mas o fato é que a justiça tem muito mais relação com essa sensação de que existe um acordo mínimo entre os cidadãos sobre o que é crime, sobre o que é punível com mais ou menos força. A existência de um aparato burocrático do Estado e do sistema jurídico não servem para nada se não criam a sensação de que o acordo está sendo respeitado.
Um Estado leniente e complacente com o crime, que facilita a vida do criminoso, enquanto dificulta a vida do trabalhador, não é justo, é cúmplice.
O tal Plano Real de Lewandowski, diante da dimensão do crime organizado no Brasil, não chega nem a ser um Cruzado Novo. É tímido. Recicla medidas do Pacote Anticrime de Moro, muitas já rejeitadas pelo Congresso. E evita chamar as facções pelo nome que merecem: organizações terroristas. PCC e CV têm estrutura, comando, território, arrecadação e poder político. Fingir que são apenas quadrilhas é pura covardia.
A julgar pelo que fizeram com o Plano Real da economia, o que podemos esperar de um Plano Real da segurança? Com Lewandowsky à frente...
Com Lula, a estética é esta. Não passa nem perto de nada parecido com Plano Real. O presidente precisa pedir bênção a criminosos para circular em certas regiões do país. E isso virou protocolo, não causa escândalo. O cidadão tem medo dos que andam com fuzis no Estado paralelo. E sabe que precisa temer também quem segura uma caneta no que ainda chamamos, por hábito, de Estado de direito.

**Nossos assinantes são os melhores que existem! O estagiário havia mesmo cometido uma barrigada e tanto, como alertou nosso assinante Ricardo Nery. Abaixo a foto em que a “companheira” aparece:
Se o governo estivesse realmente interessado em combater estas organizações teria aceitado a proposta de Washington em transforma-los em grupos terroristas. E olha que os Estados Unidos nem precisava sugerir isso ao governo, visto que estes grupos, neste momento, não representam uma ameaça a eles como o cartel de los soles ou o Tren de Aragua.
Não entendo a dificuldade de admitirem que o tráfico de drogas tem ligação direta com o mais alto escalão do Estado.